“Ajudei a projetar 2,4 mil prédios em todo o estado”

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“Ajudei a projetar 2,4 mil prédios em todo o estado”

Natural de Bom Jesus e formado em engenharia civil pela PUCRS, Ivan Francisco Verenzuck, 71, escolheu Lajeado para construir sua trajetória profissional. Em 47 anos, ajudou a projetar mais de 2,4 mil obras em todo o RS. Também é um…

“Ajudei a projetar 2,4 mil prédios em todo o estado”

Natural de Bom Jesus e formado em engenharia civil pela PUCRS, Ivan Francisco Verenzuck, 71, escolheu Lajeado para construir sua trajetória profissional. Em 47 anos, ajudou a projetar mais de 2,4 mil obras em todo o RS. Também é um dos fundadores da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Vale do Taquari (Seavat)

 
Como era o trabalho de um engenheiro civil quando você começou na profissão?
Antigamente o trabalho era bem mais precário. Com a tecnologia, houve um avanço e uma evolução muito grande. Antes, fazíamos tudo a mão, na mesa de desenho, usando régua, esquadro. Hoje em dia, com os programas de computador, é bem menos complicado. Uso o AutoCad desde 1990 e continuo trabalhando até hoje, visitando clientes e prestando assistência técnica.
 
Que obras mais te marcaram nesses 47 anos de engenharia?
Foram muitas. Ajudei a projetar 2,4 mil prédios em Lajeado, Porto Alegre, Novo Hamburgo, Canoas, Cachoeira do Sul, Ijuí, Carazinho, Gramado, entre outras cidades. Só para uma rede comercial, foram mais de 200 lojas pelo estado. Também ajudei na construção das obras complementares da antiga Ferrovia do Trigo, quando vencemos uma licitação da Rede Ferroviária Federal. Fizemos estações de embarque de passageiros e alojamentos para os trabalhadores em várias cidades, como Colinas, Roca Sales, Serafina Correa e Marau. Infelizmente, muitas hoje estão abandonadas.
 
Como você avalia o cenário da construção civil em Lajeado hoje na comparação com outras cidades?
Lajeado é um polo sensacional, não só a nível de interior, mas também no estado. Tanto que quase não se encontram terrenos disponíveis aqui. Muitos edifícios novos estão surgindo, e a cidade conta com profissionais bons e qualificados. Em Santa Cruz do Sul, que é do mesmo porte, por exemplo, só agora está se expandindo o número de prédios, saindo da área central. Antes não tinha muito disso.
 
Você e outros profissionais contribuíram com a elaboração do primeiro Plano Diretor de Lajeado, ainda na década de 1970. Como foi o processo?
Até então não havia nenhum planejamento para a cidade. Era necessário ter uma legislação, pois muitas pessoas faziam as coisas no grito, sem fiscalização. Melhorou muito com o Plano Diretor, mas hoje está mais complicado. O crescimento da cidade tem que ser descentralizado. Uma grande empresa não pode mais se instalar na área central, pois não tem como receber mil clientes sem ter estacionamento próprio.
 

MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br

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