Menino Maluquinho desperta  a criatividade de estudantes

Estrela

Menino Maluquinho desperta a criatividade de estudantes

Atividades baseadas nas aventuras do personagem de HQs tomaram conta do pátio da escola Moinhos

Menino Maluquinho desperta  a criatividade de estudantes

Os alunos do 5º ano da escola estadual Moinhos encontraram na própria literatura infantil um incentivador para ler. É que o personagem Menino Maluquinho se tornou o eixo motivador de uma série de atividades lúdicas, que envolve todas as séries iniciais.
 
Quem idealizou o projeto foi a estagiária Aline Seck, sob acompanhamento da professora titular do 5º ano Rosângela Laendmeier. Moradora do Bairro das Indústrias, a moça estudou na escola Moinhos durante o ensino fundamental. Agora, é estudante do Estrela da Manhã, onde cursa o Magistério.
 
No próximo mês, ela conclui o estágio obrigatório, que tem duração de seis meses. Antes, porém, deixará marcas no imaginário dos alunos. Ela conta que a escolha de um personagem se deu como forma de envolver os pequenos nas histórias.
 
A primeira opção foi a Mafalda. Porém, avaliou melhor e percebeu que a argentina já retrata a realidade com uma visão mais crítica, um tanto adulta. O Menino Maluquinho acabou eleito em função de sua inventividade.
 
O ato inaugural do projeto ocorreu na sexta-feira, 7. Os estudantes do 5º ano foram organizados em quatro grupos. Cada um ficou responsável por uma turma de alunos menores (do 1º ao 4º ano).
 
O pátio com parquinho se transformou em um novo universo. Em pequenos cenários que remetiam às aventuras do Menino Maluquinho, os alunos das séries iniciais aprendiam mais sobre disciplinas como Geografia, Gastronomia, Literatura.
 
“Todos os grupos envolveram teatro de alguma forma. Descobrimos muitos talentos; alunos que eram bem quietos estão atuando muito bem”, comenta Aline. Ao fim de cada atividade, a turma visitante recebeu uma sacola de livros que poderão ser trabalhados em sala de aula.
 

Incentivo à leitura

Para a diretora, Sandra Ahlert, por meio de projetos como este a instituição de ensino realiza um de seus papeis mais importantes. “Em bairros como o nosso, ou a escola desenvolve o gosto pela leitura ou a família não irá conseguir fazer isso, por falta de acesso.”
 
Prova de que a iniciativa cativou os alunos foi o envolvimento deles. Vitor Marques da Silva, 10, interpretou o abacate, em uma apresentação ao 4º ano. “Eu não sabia que o abacate podia ser comido com sal. Só conhecia com açúcar”, admira-se.
 
Colega de Vitor, Ariely Rodrigues Miranda, 10, interpretou a Senhora Amendoim. Para a menina, é importante que as crianças aprendam desde cedo para poder ajudar os adultos que não tiveram a mesma oportunidade. “Muitas mães e pais não sabem ler, daí os filhos podem ensinar.”
 

GESIELE LORDES – gesiele@jornalahora.inf.br

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