Missa e protesto marcam sete meses  de desaparecimento

Anta Gorda

Missa e protesto marcam sete meses de desaparecimento

Familiares e amigos clamam por justiça no caso Potrich, ainda não esclarecido

Missa e protesto marcam sete meses  de desaparecimento

O domingo, 9, será um dia destinado para homenagens e de luta por justiça na cidade da região alta do Vale. Ainda aguardando por respostas, familiares do bancário Jacir Potrich, 55, desaparecido desde 13 de novembro do ano passado, farão um manifesto a partir das 9h.
 
O ato inicia com uma missa em memória a Potrich, que será rezada na Igreja Matriz São Carlos. “Depois, como forma de pedir justiça, será feita uma caminhada até o condomínio onde nós residíamos”, explica Adriane Potrich, esposa da vítima.
 
Além dos familiares, Adriane diz esperar a presença de amigos, colegas de trabalho e também da comunidade regional. Potrich trabalhava como gerente da agência local do Sicredi e era bastante conhecido no município. O caso ainda não esclarecido comoveu o Vale e teve ampla repercussão estadual.
 
Questionada sobre o andamento do processo, Adriane limitou-se a dizer que confia no trabalho das autoridades. Em um jornal regional, um informe à pedido assinado por ela, o filho Vinícius e a nora Samara Portella cita a dor que a família sente por conviver com a impunidade.
 

Relembre o caso

O desaparecimento de Jacir Potrich completa sete meses na próxima quinta-feira. No dia 13 de novembro, ele foi visto pela última vez no entardecer, indo em direção ao quiosque do condomínio onde residia com a família. As imagens foram captadas por câmeras de segurança.
 
Dentista que dividia o condomínio com Potrich, Carlos Patussi é apontado pelo Ministério Público e a Polícia Civil como o suspeito do desaparecimento do bancário. Patussi foi denunciado pelo MP por homicídio e ocultação de cadáver em abril e, pouco depois, indiciado após o delegado Márcio Marodin concluir o inquérito policial.
 
Patussi chegou a ser preso duas vezes preventivamente, ficando encarcerado por uma semana em janeiro. A outra ocorreu no fim de abril. Entretanto, ele ficou apenas 48 horas detido, pois o Tribunal de Justiça concedeu habeas corpus, pedido pela defesa do réu.
 
Quando Patussi foi detido pela última vez, o pedido feito pelo MP era sustentado em denúncia de que o réu estaria ameaçando familiares de Potrich e coagindo testemunhas. Já a defesa de Patussi alega que não há provas, principalmente pelo fato de não haver cadáver, e minimizou as acusações contra seu cliente. O processo segue em andamento.
 

MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br

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