Popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial é uma doença crônica e silenciosa que atinge uma parcela significativa da população brasileira. Enquanto muitos pacientes convivem diariamente com medicação para ter uma maior expectativa de vida, outros sequer sabem que estão com a doença. Não à toa, é tida como o mal do século.
Somando as 26 capitais do país e Brasília, estima-se que 24,7% dos moradores já tenham sido diagnosticados com hipertensão, conforme dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2018). No país, esse índice chega a 35%, segundo o Ministério da Saúde.
Os números são mais preocupantes quando divididos por faixa etária. Idosos com mais de 65 anos são os mais vulneráveis à doença, sendo que 60,9% dos entrevistados revelaram ser hipertensos. Logo após vem pessoas na faixa etária de 55 a 65 anos, totalizando 49,5% dos consultados pela pesquisa.
Ainda, conforme a pesquisa, pessoas com menor escolaridade estão mais propensas a desenvolver a doença. Daquelas que estudaram menos de oito anos, 42,5% são hipertensas. Das que estudaram 12 ou mais anos, o índice cai para 14,2%.
A doença
Hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias. Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9).
A pressão alta faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no corpo. É tida como um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca.
O problema é herdado dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores que influenciam nos níveis de pressão arterial, como os hábitos de vida do indivíduo. Entre as causas, estão o fumo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade e estresse.
Atendimento
Pacientes diagnosticados com hipertensão podem, através do Sistema Único de Saúde, receber um tratamento adequado com medicamentos que são distribuídos nas unidades básicas de saúde ou na Farmácia Popular, mediante receita médica. No Vale do Taquari, os municípios realizam um trabalho preventivo e educativo com a população, através das secretarias municipais de Saúde.
MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br
