“A felicidade nunca escreveu algo que preste”

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“A felicidade nunca escreveu algo que preste”

A poesia sempre esteve presente na vida de Vinícius Knecht, 26. Escritores como Mario Quintana e Paulo Leminski são algumas das inspirações do estrelense, que lança o livro de poemas “No mínimo rir, no máximo chorar” no próximo domingo  …

“A felicidade nunca escreveu algo que preste”

A poesia sempre esteve presente na vida de Vinícius Knecht, 26. Escritores como Mario Quintana e Paulo Leminski são algumas das inspirações do estrelense, que lança o livro de poemas “No mínimo rir, no máximo chorar” no próximo domingo

 
Como iniciou a relação com a poesia?
Sempre gostei de poesia e acredito que sempre tive o olhar poético, de observar muito as coisas à minha volta. Não lembro exatamente como iniciei essa relação, mas muito provável que lendo algum poema do Mario Quintana.
 
O que te motivou a escrever o livro?
É engraçado recordar que, quando eu era criança e adolescente, gostava de colecionar cadernos, e até produzir caderninhos artesanais. Mas eu nunca escrevia nada. Sempre ficavam em branco. Faltava algo. E desde que eu comecei a escrever, no formato de poemas curtos, lá por 2011, com 18 anos, eu já me motivei a um dia, quando tivesse um bom acervo deles, publicar um livro. Era um sonho. E aconteceu.
 
Quais são suas inspirações?
São todas. Eu sou diagnosticado com depressão, transtorno bipolar e síndrome do pânico desde os 18 anos. Acredito que a minha maior inspiração veio através da angústia, dor e melancolia. Como dizem os poetas, acho que a felicidade nunca escreveu algo que preste. Além disso, me inspiro muito no cotidiano, como sentar numa padaria para beber um café e ouvir as conversas alheias. Também, com a leitura de outros livros, e com o cinema e a música. Os autores que me inspiram são Paulo Leminski, Mario Quintana, Manoel de Barros, Fernando Pessoa e Millôr Fernandes. Dos mais contemporâneos, me inspiro muito na Rupi Kaur e nos poetas que acompanho no Instagram, entre eles, Zack Magiezi, Lucão, Saulo Pessato e Akapoeta. “Toda Poesia” do Leminski e “Outros jeitos de usar a boca” da Rupi Kaur foram os livros que mais me inspiraram para escrever “No mínimo rir, no máximo chorar”.
 
Por que este nome?
“No mínimo rir, no máximo chorar” é um dos poeminhas do livro. E escolhi como título. Não gosto nem costumo explicar as minhas poesias, pois acho que a interpretação deve ficar a cargo do leitor. Eu não sou mais dono do que escrevo. Mas, nesse caso, o título significa algo como “já que está aqui, se divirta!”, “dói, mas aguente e sobreviva!”.
 
A poesia está em falta hoje em dia?
Não acredito nisso. Vejo a poesia muito presente, até mesmo no cinema e na música. Você assiste um romance como “Call me by your name”, ou escuta uma música do Arctic Monkeys, é pura poesia. É questão de você ter interesse, pesquisar pela internet ou nos próprios livros e encontrá-la.
 
 

CAETANO PRETTO – caetano@jornalahora.inf.br

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