Família prepara homenagens e organiza ato  por justiça

Caso Potrich

Família prepara homenagens e organiza ato por justiça

Ato ocorre neste domingo e marca seis meses do desaparecimento do gerente de banco

Família prepara homenagens e organiza ato  por justiça

O desaparecimento de Jacir Potrich, 55, completou seis meses em 13 de maio. Para marcar a data, familiares do bancário organizam movimento por justiça. Ato ocorre neste domingo, 9, e inicia com missa em homenagem a Potrich na Igreja Matriz São Carlos de Anta Gorda.
 
Num informe à pedido divulgado em jornal regional, familiares argumentam que o manifesto tem como objetivo esclarecer um “caso grave como foi o homicídio e ocultação de cadáver de Potrich”, dar respostas à sociedade e garantir que os culpados sejam punidos.
 
Assinado pela esposa Adriane, filho Vinícius e nora Samara Portella, o informe destaca a falta que Potrich faz à família, amigos, comunidade e equipe de trabalho. “Além de toda a dor, nos machuca muito a ideia de ter que conviver com a impunidade”, cita um dos trechos.
 
Potrich foi visto pela última vez, no entardecer de 13 de novembro, indo em direção ao quiosque do condomínio onde morava. As imagens foram feitos por câmeras de segurança.
 
Carlos Patussi, dentista que dividia o condomínio com Potrich em Anta Gorda, é considerado pelo Ministério Público (MP) e Polícia Civil como o principal suspeito do desaparecimento do bancário. Em abril, o MP denunciou Patussi por homicídio e ocultação de cadáver. Delegado Márcio Marodin finalizou inquérito e ratificou as denúncias feitas pelo MP.
 
Promotor de Justiça, André Prediger destaca clamor da sociedade de Anta Gorda por uma resolução do caso. “Temos uma família que não conseguiu sepultar seu morto e sequer sabe onde estão os restos mortais”, reforça.
 
Neste ano, Patussi foi preso duas vezes preventivamente – por sete dias em janeiro e menos de 48 horas em abril. Atualmente, ele responde ao processo em liberdade.
 
Em entrevista à redação do Jornal A Hora, o advogado de defesa do réu, Paulo Olímpio, questiona a falta de cadáver em um suposto caso de homicídio. Além disso, afirma que não há testemunhas que comprovem o encontro de Patussi e Potrich no dia 13 de novembro e cita que não foram encontrados vestígios do crime em perícias na casa e pertences do dentista.
 

Processo sem qualificadores

O último despacho da juíza Jacquelien Bervian exclui os qualificadores de ataque surpresa e métodos cruéis do processo. A decisão foi divulgada em 20 de maio após a defesa de Patussi solicitar inépcia da denúncia e o fim da ação penal por precipitação e falta de provas.
 
No despacho, a magistrada mantém o processo com a justificativa que a ausência de materialidade na denúncia justifica-se pela inclusão do crime de ocultação de cadáver. Cita ainda a ausência de justificativas para a alteração de câmeras de segurança da propriedade no dia do desaparecimento de Potrich. “Verifica-se, assim, que existem elementos indicativos da participação do réu no delito noticiado”, cita parte do despacho.
 
Para excluir as qualificadoras, a juíza entende que o método cruel e o ataque surpresa seriam atestados com laudo pericial com causa da morte ou outros elementos probatórios, provas inexistentes na peça acusatória apresentada pelo MP.
 

FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br

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