Curtume do Morro Vinte e Cinco está regular, atesta Fepam

Lajeado

Curtume do Morro Vinte e Cinco está regular, atesta Fepam

Diretora-presidente do órgão ambiental participou de reunião na câmara, solicitada por vereador que reclamou de odor oriundo do empreendimento

Curtume do Morro Vinte e Cinco está regular, atesta Fepam

Problema antigo apontado por moradores do bairro Morro Vinte e Cinco, o forte odor resultante de atividades dentro do Curtume Koefender voltou à tona. A demanda foi debatida na tarde de ontem, 27, em reunião da Comissão de Educação, Saúde, Meio Ambiente e Ação Social da Câmara de Vereadores.
Convidada para participar do debate proposto pelo vereador Paulo Tori (PPL), a diretora-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Marjorie Kauffmann, salientou, entretanto, que a empresa está em situação regular. “Aproveitamos a oportunidade de vir até aqui para fazer uma vistoria de rotina e verificamos todas as etapas produtivas”, explicou.
O mau cheiro, segundo Marjorie, ocorre devido à presença de lodo na estação de tratamento. Ela ressalta que foram solicitadas adequações a fim de resolver o problema, mas reforçou que, naquele momento, o odor foi sentido somente no portão de entrada do curtume.
Na visita, Marjorie esteve acompanhada de técnicos da Fepam. A fiscalização surpresa mais recente na empresa havia ocorrido em abril e, naquela ocasião, não foram constatadas irregularidades.

Barulho intenso e bate-boca

Tori, que reside no bairro e é uma das lideranças da comunidade onde está instalado o curtume, disse que o cheiro piorou nos últimos tempos e que há outro problema: o barulho intenso. “Na situação que está, não dá mais. Ligamos quase todos os dias alertando sobre os ruídos gerados”, afirmou.
A condução da reunião na câmara causou polêmica. Convidado a participar do debate, o secretário municipal de Meio Ambiente, Luis André Benoitt, afirmou que não se pode avaliar o fechamento de uma empresa devido ao odor gerado por ela. “Se fosse por isso, a BRF e a Folhito também deveriam fechar as portas”, pontuou.
Houve bate-boca entre Benoitt e Tori, que se dirigiu ao secretário como “defensor da empresa” e questionou até mesmo a formação do titular do Meio Ambiente.

Mais de 80 empregos

Num primeiro momento, Paulo Tori não permitiu que o advogado da empresa, Cesar Adriano Antoniazzi, integrasse a mesa por não estar de acordo com o regimento interno. Entretanto, voltou atrás quase no fim da reunião e permitiu também que ele discursasse em nome do curtume.
Antoniazzi salientou que a empresa esta em expansão e que emprega 83 pessoas, todos moradores do bairro. “Temos uma preocupação muito grande com a comunidade. Tratamos isso sempre forma muito responsável”, disse.
Representante da diretoria, Natalia Koefender ressalta que a fiscalização é constante no empreendimento e admite que existem problemas referentes ao odor, mas que se tratam de questão pontuais que serão resolvidas. Também garante que o Curtume cumpre todas as exigências do Serviço de Inspeção Federal. O Curtume recebe matéria-prima de bovinos e transforma as peles em couros.

MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br

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