MP alega ameaças e Patussi é preso

Caso Potrich

MP alega ameaças e Patussi é preso

Prisão preventiva ocorreu ontem, no Fórum de Encantado. Defesa vai pedir habeas corpus

MP alega ameaças e Patussi é preso

Réu pela morte e ocultação do cadáver de Jacir Potrich, 55, o dentista Carlos Patussi foi preso ontem, de forma preventiva. A ação é resultado de novo pedido protocolado pelo Ministério Público (MP) nessa segunda-feira, 22.
 
Patussi foi preso no Fórum de Encantado, por volta das 16h, justamente quando tentava contrapor o primeiro pedido de prisão, expedido pelo MP em 11 de abril. A Polícia Civil de Anta Gorda chegou a ir até a casa e o consultório do réu antes de encontrá-lo.
 
No novo pedido de prisão preventiva, o promotor André Prediger sustenta que o réu estaria ameaçando familiares de Potrich, perseguindo-os de carro e até mesmo a pé e coagindo testemunhas do processo.
 
A viúva Adriana e o filho Vinícius se mudaram para um apartamento após o desaparecimento do gerente de banco. Há filmagens que mostram Patussi rondando a proximidade do local, informa o promotor.
 
Patussi também teria agido de forma ameaçadora com outros moradores de Anta Gorda. As situações, conforme Prediger, foram repassadas para a Polícia Civil por pessoas que preferiram não se identificar. “Se ele estendia a mão e a pessoa não correspondia, ele soltava piadas: ‘tu não cumprimenta assassinos?”, exemplifica.
 
Para o promotor, a prisão preventiva vai agilizar o processo, que passa a ter prioridade. Prediger defende que a reclusão é justa pelo fato do réu “continuar com uma postura agressiva” após a denúncia.
 

06_AHORA“Anta Gorda é uma cidade pequena”

Advogado de defesa, Paulo Olimpio se mostrou surpreso com a prisão de Patussi. Conforme ele, a Polícia Civil nunca procurou o dentista para ouvi-lo sobre os supostos casos de perseguição e agressividade.
 
Olimpio minimiza as acusações feitas contra o cliente e cita que Patussi teria apenas cruzado eventualmente com a viúva de Potrich. “Anta Gorda é uma cidade muito pequena. Coincidentemente eles se encontraram. Ela se sentiu ameaçada pela presença do Carlos e criou esse factoide”, defende.
 
O advogado voltou a citar que não há provas. “Se não sabemos se houve crime, não podemos prender um suspeito”, justifica. A defesa deve pedir um habeas corpus no Tribunal da Justiça.
 

FÁBIO KUHN – fabiokuhn@jornalahora.inf.br

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