Polícia ratifica denúncia do MP e indicia Patussi

Caso Potrich

Polícia ratifica denúncia do MP e indicia Patussi

Inquérito foi concluído e entregue ontem ao Poder Judiciário da Comarca de Encantado. Suspeito já responde a processo criminal por homicídio qualificado e ocultação de cadáver

Polícia ratifica denúncia do MP e indicia Patussi

Foi concluído o inquérito instaurado pela Polícia Civil para apurar o desaparecimento e a morte do bancário Jacir Potrich, ocorrida em novembro do ano passado. Suspeito do crime, o dentista Carlos Alberto Weber Patussi, 52, foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, ratificando o posicionamento do Ministério Público sobre o caso.
 
Conforme a nota encaminhada à imprensa na tarde de ontem, os trabalhos, conduzidos pelo delegado regional Márcio Marodin – que também é o titular da Delegacia de Anta Gorda -, foram concluídos durante o feriado de Páscoa e o inquérito foi entregue ao Poder Judiciário da Comarca de Encantado.
 
Patussi se tornou réu no processo criminal no dia 11 de abril, data em que a juíza da 1ª Vara Judicial de Encantado, Jaqueline Bervian aceitou a denúncia oferecida pelo promotor de Justiça, André Prediger, que acusava o dentista pelos mesmos crimes apontados pela Polícia. O pedido de prisão preventiva, entretanto, foi negado na ocasião.
 

Marodin seguiu na investigação até o fim

Ainda, segundo a nota, o Caso Potrich não possui novo delegado. A informação havia sido divulgada na terça-feira por um meio de comunicação da região. Marodin assumiu as investigações em fevereiro, quando o então responsável pelo caso, Guilherme Pacífico, foi nomeado subsecretario de Segurança Pública do Estado do Espírito Santo.
 
O comunicado ressalta também que, embora a DP de Anta Gorda conte com apenas uma policial e Marodin responda também por outras delegacias, o inquérito foi concluído. Também cita que a condução da investigação do caso foi elogiada pelo promotor de Justiça. Marodin disse que não vai se manifestar sobre o caso.
 

“Caso longe de estar encerrado”

Para o advogado de defesa de Patussi, Paulo Olimpio, o resultado do inquérito da Polícia não surpreende, pois segue a mesma linha de raciocínio do Ministério Público. “O MP já tinha se antecipado em oferecer a denúncia, então a Polícia não tinha mais nada a fazer. Não haveria sentido uma decisão diferente”, criticou.
 
Olimpio havia se referido à denúncia apresentada como “fantasiosa” e acredita que novos desdobramentos acontecerão. “Desprezaram todas as possibilidades e se apegaram numa tese sem provas. Mas o caso está longe de ser encerrado”, salienta o advogado, acrescentando que a defesa está avaliando as medidas cabíveis a serem tomadas posteriormente.
 

MATEUS SOUZA – mateus@jornalahora.inf.br

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