O assunto sempre mereceu atenção dos estudiosos e nunca teve unanimidade. Os estudos de neurociência elevaram o nível do debate e a compreensão sobre o tema, mas estão longe do fim.
Na terça-feira, a Languiru, de Teutônia, em parceria com a revista Amanhã, trouxeram o neurocientista, Daniel Piardi. Caxiense, ele é um estudioso de como o DNA impacta no perfil de liderança dos indivíduos e, consequentemente, o mundo dos negócios. Ainda assim, não se pode negar que o conhecimento adquirido é o principal transformador do indivíduo.
Inúmeras teorias defendem que o talento para liderar é apenas adquirido. Dizem ser inerente às experiências e ambientes aos quais o indivíduo é exposto. É no curso da vida que aprendemos a ser mais empáticos, atentos ou visionários.
Entretanto, tem um processo químico a ser considerado. Segundo Piardi, o genoma humano interfere diretamente no jeito de agir, pensar e se desenvolver. “A prova são as singularidades verificadas nas regiões alemãs, italianas, portuguesas ou colonizadas por afrodescendentes”, exemplifica.
Ele defende que o número de líderes de uma região pode ser definido pelo seu genoma. Ainda que o ambiente interfira na formação do líder, o genoma detém grau expressivo de influência sobre seu comportamento.
Citou que o Google, por meio de uma ferramenta científica já é capaz de entregar um diagnóstico cirúrgico de nosso comportamento, a partir da coleta de pequena quantidade de saliva. O teste é online e custa em torno de oitocentos dólares. Identifica até a região que vivemos, com base até na comida que consumimos.
A “brincadeira” deste assunto fica mais instigante quando adentramos no mundo dos negócios. Uma matéria neste viés pode ser lida na página 6, do caderno Negócios em Pauta, encartado nesta edição.
Contudo, os bons gestores já não são os inteligentes, talentosos ou dotados de algum elemento químico, mas aqueles que melhor se adaptam às mudanças. E nesta seara, Piardi alerta para a quebra de paradigmas, especialmente, quando adentramos no enorme mundo do inconsciente, que tem haver com crenças limitantes ou falsas verdades.
Nesta linha de abordagem cabe invocar os estudos e treinamentos realizados pelo Dr. Nelson Spritzer, por meio da Programação Neurolinguística – PNL. Infelizmente, pouquíssimos empresários ou líderes têm conhecimento do poder e da transformação desta ferramenta. Ela trata, justamente, da capacidade de adaptar-se, no campo inconsciente. É algo simples e prático, mas necessita da curiosidade e vontade para mudar.
De qualquer sorte, entender melhor como funciona o nosso cérebro e, a partir da “ignorância consciente”, se abrir para compreender “fenômenos desconhecidos”, é um bom começo para evoluir e se adaptar.
Achar que o nosso destino é traçado pelo DNA é tão limitante quanto ignorar a relação do comportamento com nosso genoma. Ou seja, necessariamente, uma coisa não precisa estar presa a outra. A evolução é uma escolha, e não uma herança genética.
Ao mesmo tempo, nunca é demais lembrar que o cérebro gosta do “padrão econômico”. Prefere gastar pouca energia. E neste aspecto, o ambiente e a oportunidade influenciam nossas decisões, de modo a definirem o grau de liderança que alcançamos. E não o genoma.
“Não sou oportunista”
O tópico em coluna anterior sobre o “desconforto do PP” com a filiação do ex-prefeito Renato Altmann, de Teutônia, no MDB, é rechaçada pelo próprio. Altmann não concorda com o que classifica de movimento isolado no PP, que o classificaram de “oportunista”, por se filiar ao MDB. “O PP não existia quando eu entrei. Construí o partido e saí dele quando estava em alta. Cadê o oportunismo?”, questiona. Afirma ter ficado três anos sem partido, e atribui as críticas a uma ou duas pessoas do PP.
Novo parceiro na coluna
A partir de hoje contamos com um novo parceiro nesta página. O escritório especializado em gestão, registro e patentes de marcas, se torna anunciante deste espaço. Os advogados Élio Haas e Tatiana Haas Tramujas coordenam a equipe que agora chancela nossa coluna, e aproveitarão o espaço para divulgar seus serviços às entidades e organizações que necessitam cuidar de suas marcas.
Recuo no mercado externo e aposta na governança
A prestação de contas feita pelo presidente Dirceu Bayer, durante evento no auditório da Sicredi Teutônia, terça-feira, chamou atenção para alguns números. A previsão de faturamento da cooperativa é de R$ 1,5 bi, em 2019. Atualmente, são 25 negócios diferentes que impulsionam esta receita que, segundo Bayer, podem ser divididos em quatro frentes de atuação: setores de frangos, suínos e leite, além do comércio em geral, como supermercados, ração, lojas de agrocenters e combustível.
O “quadripé” de sustentabilidade da Languiru assegura o equilíbrio da cooperativa, na opinião do presidente. “Quando um dos três setores produtivos – frango, leite ou suínos – apresenta queda, o comércio reequilibra esta balança”, destaca.
Com 6,2 mil associados, 2,9 mil funcionários e 40 mil pessoas envolvidas direta e indiretamente, a Languiru está em 69 cidades. Seus produtos são vendidos para todo Brasil e diversos países em diferentes continentes. Porém, a exportação já não é vista com tanto otimismo. “A venda interna nos dá mais resultado”, entende Bayer, que também enaltece as parcerias com cooperativas “co-irmãs”.
As parcerias com outras cooperativas, como Aurora e Dália Alimentos, como fator determinante para construir modelos mais rentáveis ao setor. Também sugeriu que as empresas conheçam a tecnologia ofertada no Tecnovates, disponível para os diferentes players do mercado regional.
Ponto alto destacado pelo presidente da segunda maior cooperativa do Brasil é a governança na gestão do negócio. Implantada em 2018, Bayer acredita que será o manual de transparência, ética e conduta da cooperativa, o grande norteador do futuro. Com duas auditorias externas, e investimentos constantes na profissionalização das equipes comerciais, acredita ser possível “elevar a régua”, agregando valor e qualidade aos produtos.
Diferente de outras oportunidades, Bayer sequer lembrou do episódio que envolveu a disputa com o ex-vice-presidente, Renato Kreinmeier. Em conversa reservada com alguns executivos do primeiro escalão, o ambiente delicado e hostil é “coisa do passado”.