O nosso Lajeadense é como um amigo antigo. Aquele amigo que, por vezes, deixamos de visitar. Aquele amigo com o qual brigamos por coisas tolas e ficamos meses e até anos sem completar uma conversa qualquer. Mas, assim como em toda amizade verdadeira, o reencontro é um sentimento vivo. É como se estivéssemos juntos durante todos esses dias, meses e anos de nossas vidas. É amor.
Torcer pelo Alviazul é diferente de tudo. É, acima de tudo, uma tarefa nobre. “Pro teu povo, és imortal”. São quase 108 anos de “lutas e vitórias”. De lindas histórias. Um centenário de paixão, sofrimento e peripécias.
Tudo iniciou em 23 de abril de 1911. Deodato Borges de Oliveira, Carlos Gravina, Álvaro da Costa Mello, Fritz Plein, Paulo Lima e outros nomes que se perderam na história gostavam de bater uma bola no “Potreiro dos Berner”. Era um campinho improvisado. E foi assim, de forma simples, que nasceu o nosso Alviazul.
A história foi alimentada por grandes craques. Lima, Plein, Edmundo Fett, França Moersch, João Petry e Willi Hexsel nos primeiros anos. Anos depois vieram os clássicos. O principal desses, contra o Estrela FC, que chegou a ser proibido na década de 40 tamanha rivalidade entre as torcidas. Faz parte do folclore. Afinal, quem nunca lutou por amor?
Também fazem parte da nossa história outros craques que desfilaram pelo “Velho Florestal”. Ênio, o “Canhão do Vale”. Rogério e Roque Lopes, Nestor e Paulo Heineck, Paulo Kieling, Luciano Scherer, Hélio Mallmann, Antoninho e Ênio Chaves. Volmir e Poletto. São tantos. Itamar, Nilo, Müller. Esses provaram “com muita garra”, que o Alviazul é “o leão entre os leões”.
Há também jogos memoráveis. Em julho de 1981, mais de cinco mil pessoas compareceram ao “Velho Florestal” para o jogo contra o Internacional, na despedida de Falcão. O placar: 1×0 para o Lajeadense, contra um time recheado de jogadores do quilate de Mário Sérgio, Batista, Jair, Mauro Galvão e Gasperin. Há também históricas vitórias diante do Grêmio.
Para os mais novos, um dos maiores times da história surgiu em 1991, quando os jovens atletas levaram o clube à quarta colocação no Estadual. Ênio, Vandeco, Gélson, Everton Giovanella e Leco são craques até hoje lembrados.
Hoje estamos na linha de baixo do futebol profissional. Não estamos onde deveríamos estar. Alguns amigos se distanciaram neste momento. É normal. Faz parte do nosso folclore, também.
Mas o momento agora é de completa reunião. É hora de chamar aquele velho amigo para a renovada Arena e se encantar com o esperado reencontro. É momento de reestabelecer a fé que nos une como torcedores. É momento de acreditar. O Lajeadense luta para voltar ao topo. E isso só será possível com a ajuda do torcedor.
Nossos jovens jogadores são guerreiros em meio a uma dura batalha e já estão honrando nosso manto sagrado. Agora só falta você!
Colonização “belga”
Uma gafe histórica. Na segunda-feira, o município de Lajeado recebeu a visita do executivo de Erlangen, cidade da Baviera, na Alemanha. Após circular pelo HBB, Tecnovates e prefeitura municipal, Tobias Zobel foi recepcionado por um grupo no Parque Histórico da Colonização Alemã. Ao chegar lá se deparou com uma, digamos assim, bandeira da Bélgica, cujas cores são iguais ao lábaro alemão. Isso não tira de forma alguma os méritos do prefeito na busca por um convênio com a cidade alemã. Mas serve de lição!
Bibliotecas fechadas
É inaceitável que jovens alunos não tenham acesso à biblioteca de forma livre nas escolas estaduais. É profundamente vergonhosa a situação. Em Arroio do Meio, jovens realizam abaixo-assinado na Guararapes. Estudantes se prontificam a trabalhar para garantir o devido acesso à cultura. São movimentos que iniciaram após a reportagem conduzida semanas atrás pelo colega e competente jornalista, Filipe Faleiro, que foi o estopim para a comunidade reagir diante da inércia do Estado. Antes tarde do que nunca!
Tiro curto
– O jogo entre Lajeadense e São Paulo (RG) inicia às 15h30min deste sábado. Os ingressos antecipados já estão à venda e os detalhes constam nas páginas do jornal A Hora. Vamos lotar a Arena Alviazul. É jogo decisivo e o clube representa o Vale do Taquari;
– A entrada de Renato Altmann no MDB de Teutônia desagradou algumas alas antigas do partido. Ex-vereadores podem deixar a sigla. Faz parte do jogo. Nada de novo no front;
– Na região, a Cooperativa Languiru avança cada vez mais no mercado das farmácias;
– Especialistas em transporte questionam a idade máxima de fabricação da frota de ônibus para a próxima concessão em Lajeado. O limite está previsto para 15 anos;
– Da mesma forma, passageiros ficaram assustados com novo aumento na tarifa de ônibus referente à atual concessão. O preço em Lajeado, como antecipado pelo A Hora faz algumas semanas, pulou de R$ 3,90 para R$ 4,15;
– Amanhã e sábado ocorre a tradicional encenação da Paixão de Cristo no Convento Boaventura, em Imigrante. Vale a pena!
-No Estado, o INSS terceiriza a própria Ouvidoria. Já no Vale do Taquari, há muita preocupação com a falta de servidores e a proximidade da aposentadoria de outros tantos. Há quem diga que algumas agências podem fechar as portas em breve.
Aguardemos.
Boa quinta-feira a todos!
