Enquanto milhões vivem às margens da pobreza e perambulam em busca de emprego, o nosso “candidato” presidente segue falando asneiras. E a maioria dos repórteres parece focada em perguntar sobre estas mesmas picuinhas, como se não existissem problemas a questionar.
Vejamos o que aconteceu na sua visita a Israel. A primeira pergunta, ou a que os principais veículos mostraram e deram relevância, foi sobre o que Bolsonaro pensa acerca das declarações do ministro de Relações Exteriores. Ficam cavocando picuinhas e com elas enchem os noticiários que, convenhamos, são insuportáveis em determinados dias.
O nosso presidente – ainda em palanque – dá corda. Adora uma frase de efeito para impressionar seus “bolsominions” que precisam ser “alimentados” de tempos em tempos para terem assunto contra a “esquerda”.
O enorme espaço dado pela imprensa brasileira às declarações de Bolsonaro nas redes sociais sobre o “Não Golpe de 64” criou palanque aos adeptos que se multiplicaram nas redes sociais com tudo que é tipo de argumentos e fake news.
Do outro lado, a ira dos “esquerdopatas” não é diferente. Tudo que vem da “direita” não presta, é motivo de questionamento. Qualquer ação do atual governo deve ser hostilizada. Lula, Dilma e o PT alimentaram o ódio do “nós contra eles”. Bolsonaro e alguns maluquetes que o cercam seguem a retórica. E ainda se enchem de razão. Será possível algum dia equilibrarmos e reorganizarmos o nosso país?
No Congresso, a Reforma da Previdência está em xeque. Falta articulação e pragmatismo do presidente. Não fosse Paulo Guedes, o tema já teria sucumbido. Mas ele sozinho não conseguirá.
O país pediu mudanças. Bolsonaro venceu. O povo queria o fim da guerra entre brasileiros. O próprio, na posse, prometeu tratar todos iguais. Agora, insiste na retórica de esquerda contra direita, colocando gasolina em chamas que já causaram queimaduras sem sentido.
E nós, o que fazemos? Qual é nossa reação quando alguém questiona assuntos desconfortantes envolvendo a esquerda, ou do contrário, quando alguém contrapõe asneiras que alguns andam apregoando?
Definitivamente, não é com ódio e rancor que resolveremos as coisas. Enquanto as bobagens do presidente tiverem eco – assim como de Lula e Dilma tiveram –, não mudaremos nada neste país.
E a mudança começa pela própria reflexão, sejamos de esquerda, direita ou de qualquer pensamento.
A intriga nunca foi um caminho vencedor.
No vácuo de Brum
O deputado estadual Edson Brum (MDB) é cotado para rumar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, durante a atual legislatura. O espaço eleitoral ocupado nos Vales do Taquari e do Rio Pardo já começa a ser sondado por outros parlamentares de olho no reduto. O vácuo a ser deixado por Brum entusiasma outros pretendentes, como o prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Cezar Kohlrausch.
Para não perder
O Espaço Cultural Dr. Wilson Dewes será palco para o show do artista Marcelo Delacroix e convidados, no dia 03/05. O evento marca os 65 anos de Arruda Advogados para um público apreciador da boa música. Os ingressos estão à venda no Quiero Café, Casa Nostra e na sede do A Hora. O valor do ingresso antecipado é de R$ 30. Na hora custa R$ 50. Inclui uma oficina de música no dia seguinte, sábado, no mesmo local. MSommer e Grupo A Hora assinam o evento, com apoio cultural de Arruda Advogados.
Lajeado e Erlangen
Segunda-feira é dia de conhecer um pouco mais sobre a experiência alemã, em Erlangen. A cidade foi visitada pelo jornalista Rodrigo Martini, no ano passado, para o anuário TUDO. Na ocasião, Martini entrevistou o representante do Medical Valley, Tobias Zobel, que estará no Parque Histórico, nesta segunda-feira, às 19h. Ele falará do ecossistema de inovação existente por lá e o que nos aproxima.
A intenção é tornar Lajeado cidade co-irmã de Erlangen, o que possibilitará intercâmbios acadêmicos e empresariais. O arroio-meense Roque Bersch – que liderou o processo de Arroio do Meio e Boppard – e o alemão Andreas Prentki, da Atlas Brasil, estão nos bastidores da intermediação.
Surpreendentes os números apresentados pela Certel Energia na assembleia geral de março. O consumo de energia cresceu 5,17% e o faturamento 14%, em relação ao anterior. No varejo, a linha também ficou no azul: 7%, com incremento de 26% na venda aos associados, o que demonstra retomada de confiança do quadro social. O número mais surpreendente é a previsão de investimentos para 2019: R$ 120 milhões em melhorias de rede, subestações e usinas.
Em outubro, inicia a construção da quinta hidrelétrica, a Vale do Leite, no Rio Forqueta, entre Pouso Novo e Coqueiro Baixo, orçada em R$ 40 milhões. Outros R$ 60 milhões serão aplicados para melhorar o sistema elétrico e nas demais atividades, como varejo e indústria de artefatos de cimento. Fontes alternativas de geração, como solar, eólica e por biomassa também estão nos planos.
As perspectivas positivas corroboram para o resultado de R$ 41 milhões em 2018, dos quais R$ 33 milhões ficaram para os sócios destinar. Optaram por distribuir R$ 8,4 milhões entre os 50 mil associados.
Outro assunto, polêmico no passado, é a devolução da cota-capital que começa a ser feita para quem quiser o dinheiro de volta.
Do contrário, será integralizado. Pode-se afirmar que, em termos gerais, a Certel Energia retoma seu equilíbrio e crescimento, embora sempre hajam ajustes para fazer.
Esclarecimento
Esclarecemos que os nomes e os dados de uma suposta pesquisa de intenção de voto relacionada ao município de Estrela, referida em colunas de opinião deste jornal, nessa semana, não passam de mera especulação sem fonte confiável. Não estamos no período eleitoral e não existe candidatura registrada, razão pela qual repete-se: “o que foi divulgado não passa de mera especulação”. A dita “pesquisa”, encomendada, por partidos políticos, não tem, portanto, qualquer caráter e oficial e, consequentemente, não tem valor legal ou mesmo jornalístico. Os colunistas e, consequentemente, o jornal foram induzidos em erro, inclusive, ferindo a política editorial do A Hora, razão pela qual pedimos desculpas aos nossos leitores.