As únicas vítimas são as crianças e adolescentes que necessitam de amparo e limites.
As tragédias envolvendo escolas se multiplicam ao redor do mundo. A imprensa exagera na dose e, de certa forma, “estimula”. É a mesma coisa que noticiar suicídios. Leva a outros. Na região, por enquanto, são apenas os comportamentos inadequados que pautam os noticiários nos meios de comunicação responsáveis.
Nas redes sociais, uma verdadeira epidemia de desinformação e abuso com a desgraça alheia, que em nada contribuem para melhorar. Só pioram.
Ontem, a redação do A Hora recebeu, por rede social, boato de que uma escola municipal de Lajeado estava sob ameaça de bomba. A fake news infestara celulares de pais e alunos do educandário, irresponsavelmente. Sem cautela, outros passaram adiante.
De fato, o cenário trágico e desvirtuado existe nas escolas. Não podemos esquecer que o mesmo se multiplica em gênero, número e grau na própria sociedade. Senão vejamos quão patológico está o comportamento de adultos nas redes sociais. Insisto nisso. Quanta bobagem, mentiras e extremismos são vociferados por motivos banais, sem nenhum sentido.
Está cheio de falsos moralistas cobrando ordem e disciplina nas escolas, mas não são capazes de respeitar o trânsito, fazer uma gentileza e muito menos mover um braço para algo que não seja em prol do próprio umbigo.
A sociedade está doente. E as escolas são reflexo do desnorteamento e desinformação acelerados que se erguem sem precedentes. Nunca, a frase de Umberto Eco fez tanto sentido: “a internet deu vazão a um bando de imbecis”.
Não penso que seja a tecnologia a culpada, pois ela é útil em muitas coisas. O problema é a forma como a usamos, acelerando a “idiocracia” que se impõe como inço em jardim.
Incrível como se “curtem” e compartilham bobagens nas redes sociais, sem checar a veracidade. E tem ainda os que aumentam e multiplicam com outras bobagens, emitindo opiniões desconectas e, absolutamente, ignorantes. E assim, sucedem-se páginas e páginas com troca de farpas e agressões sem nenhum aprendizado. Pelo contrário, reforça-se a opinião equivocada.
No meio disso, estão nossas crianças e adolescentes. Eles já nascem com os pais grudados no celular. Sem a devida dose e orientação, não saberão distinguir o limite entre o uso e o excesso.
Ignorar que a internet acelerou o acesso às coisas boas e ruins é tão infantil quanto acreditar em Papai Noel. É um fato que precisa ser considerado numa época em que as pessoas acessam tudo, mas descuidam o discernimento.
De fato, a sociedade precisa reaprender a conviver. Temos de fazer a autocrítica e dosar comportamentos automáticos. Questionar e refletir é o primeiro passo para compreender o que pode ser diferente.
Fazer estardalhaço por causa de um piquenique em uma escola – ainda que houve exageros – é uma prova de que fingimos não enxergar a realidade. Nos impressionamos com o óbvio, com o que convém, e vendamos os olhos daquilo que está diante de nosso nariz todos os dias, em nossa casa, nossa rua e nossa cidade. Os “piqueniques” existem em todos os lugares.
Se cada um cuidar do seu nariz, prestar atenção em si próprio e orientar quem precisa de amparo e limites, então teremos uma sociedade melhor, escolas melhores e cidadãos mais equilibrados.
Jornalismo é oposição
O assunto é espinhoso. Leio e ouço frases raivosas contra a imprensa brasileira, do tipo, jornalistas são todos de esquerda; Globo e Folha precisam acabar; as redes sociais liquidaram a fatura, e por aí vai.
Tem gente que acredita ser melhor não ter imprensa. Pior, tem convicção.
Pasmem! A ignorância de quem profana tamanha aberração não sabe nada sobre o ofício do jornalismo e seu valor decisivo na história para a evolução da sociedade.
Rede social é como uma manada descontrolada, onde tudo pode acontecer, sem nenhuma responsabilização, ainda mais quando utilizados hackers ou meios sofisticados de manipulação.
O jornalismo responsável sempre foi de oposição aos governos e a favor de quem está às margens da decisão, o povo. Não significa ser contra, mas questionar e checar todos os atos e feitos de quem gerencia o dinheiro público, ainda mais quando algo cheira mal.
Ainda que os veículos de comunicação tentem acertar ao máximo, eles falham e, às vezes, exageram ou erram. Entretanto, a responsabilidade civil, penal e moral são preocupações permanentes, sob pena de sucumbirem na própria irrelevância.
Esta reflexão é o mínimo para começo de conversa.
Pro_Move Lajeado
A sociedade está convocada a se fazer presente, nesta quarta-feira, no Teatro Univates, às 19h, para o lançamento do Pro_Move Lajeado. É o pontapé inicial do movimento social idealizado pela tríplice hélice e, que agora, se democratiza, ganha forma e prazo para uma cidade mais inovadora e desenvolvida. O propósito é uma maior qualidade de vida às pessoas.
Pelo menos 300 pessoas já se inscreveram. Além da apresentação e alguns anúncios, estarão presentes o secretário estadual de Ciência e Tecnologia e Arthur Gubert, para uma palestra final sobre o que viu durante a SXSW, evento de inovação no Texas, neste mês.
Para se inscrever, basta entrar no site da Univates.
É bom saber, para não ser enrolado
Dia 16 de abril, no Aspen Hotel, técnicos e empresários terão oportunidade ímpar para conhecer um pouco mais sobre a transformação digital. O Instituto de Transformação Digital traz autoridades nesta área. Pela manhã será com técnicos e à tarde mais dirigido ao empresariado e gestores, necessariamente, não entendidos no assunto. O tema é “A Empresa do Futuro”.
O valor da inscrição é de R$ 199 por pessoa, o que pode ser considerado acessível, mediante os palestrantes do evento. Assinantes do A Hora têm 30% de desconto.
A Hora apoia e estará presente com pelo menos 10 de seus profissionais da área comercial, RH e gestão, por entender fundamental este movimento digital em curso.
Hoje, pode não fazer a diferença, mas logo adiante nossas empresas não sobreviverão sem expertise digital. E os “analfabetos digitais” continuarão a depender das “receitas milagrosas” que alguns espertinhos insistem em vender no mercado.
É bom se informar, para não queimar dinheiro!
Depois da pressão
Em 2019, a RGE planeja investir R$ 25 milhões na rede elétrica dos 28 municípios que atende no Vale do Taquari. Planeja substituir 5 mil postes e instalar 43 novos religadores automáticos. Também pretende interligar e modernizar 31 quilômetros de extensão de rede, utilizando materiais como cabos protegidos e multiplexados. A informação é da própria companhia.
Responsabilidade ambiental
O empresário Nelson Eggers reuniu veículos de comunicação e influenciadores digitais na manhã desta sexta-feira, na sede da Fruki. Alusivo ao Dia Mundial da Água, o evento conectou o propósito da empresa com as ações sociais, culturais e ambientais.
Eggers lembrou que a Fruki foi uma das pioneiras em captação de água da chuva e tratamento de efluentes. Também relembrou algumas curiosidades e estratégias da marca da Água da Pedra, hoje líder em solo gaúcho.
A empresa mantém um depósito de 1,6 milhão de litros de água captada da chuva, que utiliza para fins menos nobres. “A água mineral retirada da fonte fica toda para o consumo humano. Imagina quanta economia provoca”, disse Eggers.
O encontro também teve uma visita guiada às instalações fabris, onde envasa a água e produz os sucos e refrigerantes. A tecnologia avançada da fábrica – maior parte europeia – permite o envase de 1,5 milhões de litros ao dia.