Mesmo com a chuva na manhã de domingo, o funcionário municipal, Gelson Saldanha de Barros, 63, pendurava a plaquinha de identificação na bicicleta para o 5º Desafio ValeCiclismo. Ele se preparava para realizar o trajeto mais curto, de 50 quilômetros, saindo do Parque dos Dick.
O desafio que começou às 8h, também foi feito em 100 km, passando por Lajeado, Forquetinha e Canudos do Vale, e retornando ao parque dos Dick. Segundo a comissão organizadora, dos 190 inscritos, 144 compareceram, mesmo com a chuva.
Esta é a terceira vez que Barros participa do desafio. Ele conta que o gosto pelo pedal já vem de anos. Além de praticar a atividade para a saúde, também acredita nos benefícios que a prática traz ao meio ambiente. “Procuro vir trabalhar de bicicleta sempre que posso. Assim é um carro a menos poluindo as ruas”, ressalta. Ele mora no bairro São Cristóvão, e percorre o trajeto até o Centro todos os dias.
Fora isto, os fins de semana também são reservados para o ciclismo. Ele costuma pedalar sozinho. “Assim consigo manter o ritmo e não me desgastar tanto”, explica. Mas também participa de outros eventos com o grupo Vale Ciclismo que integra há cerca de 5 anos.
Superação
Alguns minutos depois das 7h, o executivo Itamar José Zachert, 37, já se preparava para a largada do desafio. Acostumado a pedalar do Jardim do Cedro até o Centro para trabalhar, ele percorria 4,5 quilômetros de bicicleta sempre que podia. Há pouco tempo, no entanto, em uma dessas travessias, caiu e deslocou o ombro. Passou 15 dias em recuperação. “Agora estou retornando, e quero estar bem para outras provas no decorrer do ano”, conta, esperançoso.
Além de evitar um gasto desnecessário e a poluição ambiental, Zachert avalia o ciclismo como uma possibilidade de treinar o corpo e a respiração. “Depois disto estou mais disposto para iniciar o dia”, incentiva.
Esta é a primeira vez que participa do desafio. Ele investiu em pneus novos para o asfalto seco. Mas mesmo com a chuva de domingo, a expectativa era grande para concluir o trajeto mais longo, de 100 quilômetros. “Na metade do ano quero percorrer 300 quilômetro”, conta.
Uma questão de hábito
Acostumada com a corrida, a nutricionista esportiva e moradora de Lajeado, Ângela Rhode, 51, voltou a praticar o ciclismo depois de sentir dores nos joelhos. Segundo ela, pedalar exigia menos esforço e impacto para as pernas. Em abril do ano passado, entrou para o grupo Vale Ciclismo, onde fez muitas amizades. “O ciclismo é um vício apaixonante que nos permite integração, interação com a natureza e ainda conhecemos lugares incríveis”, ressalta. Entre eles, cascatas e caminhos no interior da região.
Por ser nutricionista, ela também criou o hábito de se alimentar com os nutrientes necessários para atividades físicas. Segundo Ângela, a alimentação, somada a uma boa noite de sono são os responsáveis pela disposição dela para completar o trajeto de 100 quilômetros no 5º Desafio Vale Ciclismo. “O ciclismo também nos exige uma acuidade mental”, explica. Esta foi a primeira vez que pedalou na chuva.
Evento aprovado
Um dos promotores, Fabrício Meneguini conta que o evento ocorreu tudo bem. “Recebemos muito feedbacks dos participantes e todos aprovaram.”
Meneghini conta que agora o grupo começa a projetar o 3º MTB Lajeado, no dia 15 de dezembro, quando os ciclistas percorrerão trajetos de asfalto e chão.
BIBIANA FALEIRO – bibiana@jornalahora.inf.br