Símbolo da recuperação

Lajeadense

Símbolo da recuperação

Volante Igor Cambraia venceu a depressão e vibra com o bom momento do Lajeadense na Divisão de Acesso

Símbolo da recuperação

A transição da base para os profissionais é sempre muito delicada. Muitos jovens não conseguem ter continuidade, são deixados de lado e sofrem com a demora para fazer a carreira engrenar. O camisa 5 do Alviazul, Igor Cambraia, passou por momentos delicados.
 
Multicampeão nas categorias de base com o Grêmio, não teve sequência no tricolor. Quando ia subir de categoria, foi dispensado. Teve propostas de times como Criciúma, Chapecoense e Flamengo. Mas as negociações emperraram e ficou de fora dos gramados.
 
Nascido na zona sul de Porto Alegre, tinha a bola como o brinquedo preferido. No pai, Fábio, uma inspiração para o futebol. Tanto ele quanto o irmão Iago buscaram a profissão no esporte. “Sempre fiquei por perto da minha família. Minha mãe, meu pai, meus avós. Sempre fui focado em atingir meus objetivos. Devo muito a eles por isso.”
 
Estudou em escola pública onde se formou no Ensino Médio. “Meus pais sempre cobravam para seguir estudando, ter um plano B caso houvesse algo errado.” Quando parar de jogar pretende fazer faculdade de fisioterapia ou se especializar como treinador.
 
Dos períodos de dificuldade, quando pensava em largar o esporte, também teve o apoio da namorada. “A Bruna sempre acreditou em mim. Ela me deu muita força para sair da tristeza que eu estava.”
 

Trajetória de altos e baixos

Cambraia começou no Grêmio aos seis anos. Lá ficou até a transição da categoria juvenil para o júnior. Após ser dispensado, ficou seis meses parado até ser chamado para o São José, onde foi vice-campeão Gaúcho e campeão da Copa Sub 19.
 
Em seguida, foi vendido para a Portuguesa paulista. Chegou ao vice-campeão brasileiro de 1996 quando o clube passava por um momento conturbado. Ficou sete meses sem receber. “Estou até hoje cobrando eles na Justiça.”
 
A primeira oportunidade como profissional foi no Juventus, de Santa Catarina, na segunda divisão do Campeonato Catarinense. Em 2016, nova parada. Retornou aos gramados no ano seguinte. Jogou pelo Elite, de Santo Ângelo. “Tive uma experiência muito boa lá, mas não quis ficar.”
 
O recomeço como profissional foi em 2018. Contratado pelo Lajeadense, ajudou a equipe na disputa da Divisão de Acesso do ano passado. No segundo semestre parou devido a uma cirurgia no nariz.
 

20_AHORAJogo para se manter na parte de cima da tabela

A preparação para a partida contra o Internacional segue forte nas dependências do estádio Alviazul. No sábado, o Lajeadense vai em busca de mais uma vitória fora de casa. A partida será no Estádio Presidente Vargas, em Santa Maria, às 19h
A rotina de treinamentos foi intensa na semana. Nessa quinta e sexta-feira os atletas foram a campo apenas para realizar um treino técnico.
 
Para o jogo, Serginho Almeida tem dois desfalques. O meio-campista Roger sofreu lesão no tornozelo e segue se recuperando. Outro que está fora é o atacante Max. O provável time que deve iniciar a partida é o mesmo que venceu o São Gabriel: Kévin, Bindé, Vitor, Eduardo, Gui Dalpian, Cambraia, Rafael Índio, Marquinhos, Cristiano, Derick e Ariel.
Sobre a partida, Almeida destaca a importância de um bom resultado. “Uma vitória nos coloca bem para disputar o clássico com o Guarani na próxima semana.”
 
Sobre o adversário, Almeida destaca. “Vamos pegar um time tradicional, que vem pressionado precisando do resultado, precisamos manter nosso nível de concentração bem no alto para sair de lá com os três pontos.”
 

EZEQUIEL NEITZKE – ezequiel@jornalahora.inf.br

FILIPE FALEIRO – filipe@jornalahora.inf.br

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