Juntos, vamos mais longe

Opinião

Cíntia Agostini

Cíntia Agostini

Vice-presidente do Codevat

Assuntos e temas do cotidiano

Juntos, vamos mais longe

A participação social e o nascer conceitual do termo sociedade civil nos tempos recentes decorrem fundamentalmente dos anos de 1990, muito vinculados às normativas da Constituição de 1988. A sociedade civil naquele momento era vista como a forma adequada de contribuição social para a democracia e, aos poucos, foram se conformando espaços de participação como conselhos gestores de políticas, fóruns, associações, conselhos de direitos, entre outros, e estes passaram a colaborar na formação da democracia e agir em prol da eficiência das organizações, principalmente as públicas.
 
No entanto, nos anos 2000, emerge a percepção de que esta visão uníssona de sociedade civil e da participação social não é efetiva sempre, ou seja, as diversas participações decorrem das diversas sociedades civis, que não são homogêneas e que possuem percepções distintas acerca dos mesmos temas.
 
Os interesses daqueles que participam, mesmo que na mesma entidade, são resultado de heterogeneidades históricas, sociais, econômicas, culturais e ideológicas. Assim, são muitos e diversos os objetivos que fazem com que as pessoas participem e, apesar de aceitar que somos heterogêneos, eu acredito profundamente nos processos de participação e da conformação destas diversas sociedades civis, que, mesmo divergindo sobre inúmeras questões, fazem-se presente, na maior parte das vezes, em prol do coletivo.
 
E nestas condições, o Rio Grande do Sul faz história e é reconhecido país afora por seus processos participativos, por suas formas associadas e cooperadas de tratar os temas.
 
Alguns são exemplos muito claros que decorrem dos processos de participação e irei citar alguns que temos no Vale do Taquari: o Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat); o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas; a Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat); a Associação de Vereadores do Vale do Taquari (AVAT); a Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales); a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC/VT); as regionais dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais do Vale do Taquari; as instituições de ensino e pesquisa; as associações setoriais; as cooperativas; os sindicatos de empregados e empregadores; os clubes de serviços; as associações de moradores; entre tantas outras entidades que representam pessoas, temas de interesse geral, setores, localidades, interesses diversos e, por vezes, distintos.
 
Isto é, o Vale do Taquari é afortunado, e eu não tenho temor de errar em afirmar isso. Nós somos privilegiados por termos tantas entidades e instituições da sociedade civil ou das diversas sociedades civis organizadas, pois são estas que estão junto ao setor público e ao setor privado, contribuindo para o desenvolvimento da região.
 
Muitos passos são dados com a participação de todos e não temendo o clichê que a presente frase indica, “sozinhos vamos mais rápido, mas juntos vamos mais longe”, o Vale do Taquari faz história a todo momento com a participação social das diversas sociedades civis.

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