Governo reorganiza rede de ensino e causa impasse

Marques de Souza

Governo reorganiza rede de ensino e causa impasse

A duas semanas do reinício das aulas, governo anunciou inversão de turnos e remanejo de alunos

Governo reorganiza rede de ensino e causa impasse

Alterações na rede municipal de ensino geraram críticas e reclamações por parte da comunidade escolar. O fechamento de uma instituição, mudanças de turnos e a ausência de equipe diretiva para a maior escola da cidade provocaram impasse às vésperas do início do ano letivo. Hoje, o tema será debatido na câmara de vereadores.
 
O imbróglio começou na semana passada, quando a administração municipal comunicou a fusão entre as escolas Carlos Gomes, de Ensino Fundamental, com a Pequenos Passos, de Educação Infantil. Com os prédios lado a lado, ambos os espaços passaram a pertencer à Emef, e os alunos matriculados na Emei precisaram ser remanejados a uma terceira escola: a Emei
 

Brilho de Infância

Além da mudança física, a rotina das famílias das crianças foi afetada devido à inversão de turnos. Antes, os alunos da Emef Carlos Gomes, do 6º ao 9º ano, eram atendidos na parte da manhã, e do 1º ao 5º, na parte da tarde. Já as duas Emeis da cidade recebiam os alunos da pré-escola, de 0 a 5 anos.
 
Agora, a Pequeno Passos, incorporada à Emef, passará a atender do 1º ao 5º durante a manhã, enquanto que os maiores, do 6º ao 9º, terão aulas à tarde. Com as alterações, a Brilho de Infância se torna a única escola de Educação Infantil do município. Os novos planos da Secretaria da Educação foram comunicados no dia 18, duas semanas antes do reinício das aulas, 6 de março.
 
Para o presidente do Círculo de Pais e Mestres (CPM) da escola Carlos Gomes, Jurandir Brenner, que também é vereador da oposição (PP), as alterações geraram insatisfação em pais e professores, pois “pegaram todos de surpresa”. Segundo ele, faltou um diálogo prévio para que as famílias se organizassem. Os docentes que mantêm dois empregos também foram prejudicados, acrescenta.
 

Sem direção

Outro aspecto que causa incômodo é o fato da escola Carlos Gomes estar ainda sem direção. A ex-diretora Eveline Venter pediu desligamento dias após o comunicado do governo. Segundo Brenner, seriam necessárias mais três profissionais na equipe diretiva, uma secretária escolar e uma vice-diretora, além de uma coordenação pedagógica especifica para a área da Pequenos Passos.
 
Brenner destaca também que a estrutura da escola Carlos Gomes, que passará a atender 300 alunos com a fusão, foi atingida pelo temporal do dia 11. Devido à força dos ventos, parte do telhado que cobria seis salas de aula foi destruída e permanece sem conserto. O receio é se as obras de reparo ficarão prontas antes do recomeço do ano letivo.
 
De férias desde o dia 19, um dia depois das mudanças serem anunciadas, o prefeito Edmilson Dörr (Brida) é substituído na chefia do Executivo pelo vice-prefeito e secretário da Educação, Lucas Stoll. Contatado pela reportagem via telefonema, o prefeito em exercício afirmou que apenas se pronunciaria sobre a situação pessoalmente, em seu gabinete.
 
A sessão do Legislativo está prevista para as 17h. Pais e professores prometem comparecer para pressionar os vereadores para que o impasse seja solucionado nos próximos dias. Tanto o prefeito como o secretário da Educação foram convidados para prestar esclarecimentos acerca da situação da rede municipal de ensino.
 

ALEXANDRE MIORIM – alexandre@jornalahora.inf.br

COLABORAÇÃO – Gabriel Santos

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