Promover e mover Lajeado

Opinião

Rodrigo Martini

Rodrigo Martini

Jornalista

Coluna aborda os bastidores da política regional e discussão de temas polêmicos

Promover e mover Lajeado

Arregaçar as mangas. Propor soluções. Agir. A principal cidade do Vale já é um dos polos de inovação no Estado e ostenta, segundo pesquisas nacionais, uma posição de destaque no quesito “qualidade de vida”. Mas não há tempo para estagnar. O movimento agora denominado “Pro_Move Lajeado” nos alça para novos voos. E é preciso se desprender do poder público para decolar. Mais do que nunca, precisamos atuar como cidadãos.
O nome não poderia ser melhor. Remete a pró-atividade. Remete a movimento. “Pro_Move Lajeado”. Precisamos disso para a cidade não ficar para trás neste momento em que o mundo gira em torno da inovação, da tecnologia e da economia compartilhada. O momento mostra, como raras vezes, um perfeito alinhamento dos nossos agentes de transformação. O cavalo está perfeitamente encilhado.
E para não perder o bonde, precisamos nos livrar de alguns vícios. Vícios, esses, naturais em grande parte da população brasileira. Não é exclusividade dos lajeadenses. Longe disso. Fomos criados de forma maquiavélica para acreditar que o governo, por si só, vai resolver todos os nossos problemas e eliminar nossas angústias do dia a dia. Ledo engano.
Claro que cabe aos poderes Executivo, Legislativo e também ao Judiciário atender aos anseios diversos da população. São pagos para isso, na bem da verdade. Mas a questão a se fazer neste importante momento social é: o que nós podemos fazer como cidadãos para ajudar?
O momento é de transformação. De alimentar a autocrítica. Afinal, o que posso fazer como jornalista para movimentar, inovar e promover Lajeado? O que você, empresário, professor, médico, jardineiro, motorista, advogado, comerciante, pesquisador, estudante, sindicalista, seja lá o que for, pode fazer para melhorar a qualidade de vida de todos?
Este é o nosso grande desafio diante desse momento ímpar da história de Lajeado: aceitar ser provocado e, irredutivelmente, provocar.
Não há mais tempo para aguardar soluções mágicas do poder público. Chega de torná-lo tão fundamental em nossas vidas. Chega de repassar e validar tanto poder aos políticos. É momento de se desgarrar, de andar com as próprias pernas. É momento de agir. É a hora de propor e de realmente inovar.
Agora, se o problema é justamente o poder público, seja pela alta carga de impostos ou suas confusões burocráticas, então é hora de lutar contra isso. Pois a mudança tem que ser proposta pela sociedade. É o cidadão, com suas empresas, entidades civis e organizações sociais que deve decidir. E o bom político sabe disso.
Todos nós sabemos, também, que o poder público pode e deve ajudar nesse processo. Mas reforço: não façamos dele o principal agente desta transformação. Caso contrário, todo e qualquer movimento estará fadado ao fracasso.
 

Várzea em Brasília

Os primeiros movimentos de Jair Bolsonaro como chefe de uma nação lembram enredos de filmes do saudoso Mazzaropi. A imagem dele com uma camiseta pirata do Palmeiras, de sandálias e calça de abrigo, em meio ao debate sobre reforma da previdência – a grande pauta nacional em 2019 – é vergonhosa. Assim como as interferências de um mero vereador carioca – Carlos, o filho. Para o bem de todos os brasileiros, “tem que mudar isso aí, talkei”.
 

Emergência do HBB

Provocado pelo vereador Ildo Salvi (REDE), o MP agiu com paciência e destreza para garantir, a partir da próxima semana, um atendimento mais humanitário no Setor de Emergência do SUS no Hospital Bruno Born (HBB). A principal porta de acesso, fechada desde o incêndio criminoso, em abril de 2018, será enfim reaberta. O desafio, agora, é trabalhar a informação. Afinal, entender o que é Urgência e Emergência é fundamental para a saúde de todos.
 
Tiro curto
– Os movimentos eleitorais estão a mil em Encantado. A busca pela reeleição por parte de Adroaldo Conzatti (PSDB) passa pela Justiça. Condenado por improbidade administrativa pela publicação de um jornal institucional da prefeitura, em 2007, ele não está garantido no pleito;
– Sem Conzatti na briga, todo gato é pardo. Há quem diga que o ex-prefeito Paulo Costi (PP) pode voltar para a disputa;
– Em Estrela, o governo municipal devolveu o serviço do IPERGS aos estrelenses. Por outro lado, a agência do INSS pode fechar por falta de funcionários;
– Também em Estrela, a cada dia surgem novas versões sobre o projétil encontrado na Secretaria da Fazenda, onde ficam os fiscais. A maioria é impublicável;
– Ainda em Estrela, seguem as teorias sobre a candidatura da primeira-dama, Carine Schwingel, para suceder Carlos Rafael Mallmann na prefeitura. No entanto, a lei não permite;
– Em Lajeado, a nova Delegacia de Repressão ao Crime Organizado deve ser instalada inicialmente no bairro Florestal, próximo à sede do Expresso Azul;
– A engenheira florestal lajeadense Marjorie Kaufmann já está atuando na Fepam. A nomeação oficial dela como presidente da fundação ocorre na semana que vem;
– Em Capitão, a Justiça mandou o prefeito Paulo Cesar Scheidt (MDB) suspender o contrato de assessoria jurídica firmado em 2017 pelo Executivo.
-Boa quinta-feira a todos!

Acompanhe
nossas
redes sociais