A campanha de 2010, que recolocou o Lajeadense na elite do futebol, tinha Serginho Almeida como capitão e principal líder daquele elenco. Passados oito anos, Almeida tem a oportunidade de repetir a história, mas dessa vez como treinador.
Se naquele ano, o time comandado por Luis Freire, foi montado com jovens jogadores e outros experientes.
Oito anos depois a situação se repete. Em 2010, Gonçalves, Cris Beato e Serginho mesclavam com Gallas, Celsinho e Maycon. Neste ano, Cristiano, Marquinhos Guevedi e Bindé são as referências para jovens como Roger Werkhausen,
Ariel e Huppes. O adversário da estreia também é um velho conhecido daquela edição. Neste domingo, o time viaja a Rio Grande, para enfrentar o São Paulo, no Estádio Aldo Dapuzzo, às 20h.
Esta edição da Divisão de Acesso promete ser uma das mais difíceis dos últimos anos, com diversos clubes de histórico respeitável na disputa. O Lajeadense está na chave A, junto de São Paulo, Bagé, São Gabriel, Inter-SM, Guarani, Farroupilha
e Cruzeiro. Quatro equipes avançam para as quartas de final.
O time chega à estreia respaldado por uma boa pré-temporada. Nos cerca de dois meses de preparo, foram disputados dois amistosos, empate em 2 x 2 com o Glória e vitória diante do Esportivo por 1 x 0. Além disso, a equipe participou
de dois jogos treinos contra equipes amadoras.
O técnico Serginho Almeida avalia a pré-temporada como muito boa, com uma perceptível evolução do grupo. Por ser um elenco jovem, foi necessário trabalhar muitos fundamentos, mas o técnico acredita que a equipe tenha assimilado bem
o projeto. “Primeiramente demos uma ênfase na parte física dos atletas, para depois entrarmos na parte técnica e tática. O grupo se apresentou muito bem e houve uma evolução muito boa.”
O treinador acredita que essa evolução é o ponto forte do seu trabalho até aqui. “O grupo é muito jovem, exige um esforço muito grande da comissão técnica, mas estamos conseguindo lidar muito bem com eles, e eles nos dão um retorno proporcional ao nosso esforço. Acredito que nosso trabalho coletivo está muito bem.”
Almeida acredita que a equipe vai surpreender na competição. “Temos uma equipe que não desiste nunca. Uma equipe que não
entra para brigar com o adversário, entra para brigar pelos pontos com o adversário e esse será um diferencial muito interessante.”
Time para estreia
Almeida ainda não montou o time titular. A definição ocorre neste sábado pela manhã, quando ocorre o último treino antes
da viagem. As dúvidas são no gol, lateral-direito e na frente. O provável time que deve iniciar o confronto
é: Kévin (Huppes), Bindé (Guilherme), Vitor, Duh (Iago), Renan, Cambraia, Grégori, Rafael Índio, Rafael (Cristiano), Max,Marquinhos, Spanhol (Cidinho).
A competição
Na primeira fase, as 16 equipes foram divididas em dois grupo por regiões. O Lajeadense está na chave A, ao lado de São Paulo, Bagé, São Gabriel, Inter-SM, Guarani, Farroupilha e Cruzeiro. No outro grupo estão Glória, Esportivo, União Frederiquense, Tupi, São Borja, Igrejinha e EC Passo Fundo.
Os quatro primeiros colocados avançam para as quartas de finais. Os finalistas estarão garantidos na Primeira Divisão do próximo ano. O lanterna de cada chave será rebaixado para a terceira divisão.
Viagens longas
Na chave A, o Lajeadense percorrerá, somando o trajeto de ida e volta, 3688 quilômetros. A viagem mais curta será para Venâncio Aires (60km), já a mais longa é para Rio Grande. Serão 554 quilômetros. Mesmo com toda essa distância,
alguns torcedores pretendem assistir todos os jogos. Um exemplo é o do comerciante Estevão Seltenreich. “Pretendo ir em todos como em 2018. Vale a pena ir, pois sou torcedor e amo meu clube. Mesmo tendo alguns gastos particulares,
mas o meu apoio eles terão, pois não quero que fechem as portas. Enquanto eu estiver vivo farei o necessário para conseguir
recursos para o clube,” conta.
EZEQUEIL NEIZTKE – ezequiel@jornalahora.inf.br