“Quando alguém vira nome de rua,  a pessoa fica eternizada”

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“Quando alguém vira nome de rua, a pessoa fica eternizada”

Elario Immich, 84, é tataraneto de Philipp – o primeiro imigrante da família a chegar no Brasil. Faz mais de uma década, ele pesquisa a genealogia dos Immich e prepara o segundo livro sobre o tema. Recentemente, algumas ruas do…

“Quando alguém vira nome de rua,  a pessoa fica eternizada”

Elario Immich, 84, é tataraneto de Philipp – o primeiro imigrante da família a chegar no Brasil. Faz mais de uma década, ele pesquisa a genealogia dos Immich e prepara o segundo livro sobre o tema. Recentemente, algumas ruas do bairro Conventos foram nomeadas com os nomes do pai, do irmão e de um sobrinho seu.

 
Quando os Immich chegaram ao país?
Meu tataravô, Philipp Carl Immich veio da Alemanha para o bairro Conventos, em Lajeado, em 26 de agosto de 1858, acompanhado de dois filhos, duas filhas e a esposa. Hoje já somos mais de mil pessoas com graus de parentesco com a família na região. Já celebramos encontros dos Immich por cinco vezes. É sempre muito bom reunir a família e fortalecer nossos laços e origens.
Na origem, qual o significado de “Immich”?
O nome de família Immich retrocede ao ano de 960, quando foi registrada uma pessoa com o prenome Emich. Desde que tornou-se sobrenome de família, Emich Snyder é o primeiro ancestral documentado em nossa família, em 1425. Ele morreu em 1490, na cidade alemã Enkirch. Nosso brasão existe desde 1497. Ainda hoje, muitos Immich vivem em Enkirch e se dedicam à viticultura. Há relatos também de que na Alemanha havia um cidadão chamado Immich. Não se sabe o sobrenome dele, mas todos lhe conheciam apenas como Immich. Então, quando ele teve o primeiro filho, acabou dando o nome de Hans e o sobrenome de Immich. O nome Immich talvez se origine da velha tribo Irmin ou do nome germânico Emicho que, no diminutivo, se transformou em Imm.
Qual a sensação de ter, agora, o nome da família em ruas da cidade?
Lembro de um almoço que fiz com meu pai, Theobaldo Immich, no fim dos anos 80. Enquanto minha mãe preparava a mesa, ele falou para mim que quando alguém vira nome de rua, a pessoa fica eternizada. Sinto que o legado dos Immich foi eternizado nas placas das ruas do Conventos.
Como você recebeu a notícia de que seu pai havia virado nome de uma rua?
Faz uns dois anos, vi que já tinha o nome do meu pai, do meu irmão Valter e do filho dele, o Gilnei, nas ruas do Conventos. Liguei para meu neto Marcelo e ele comentou comigo “não só viramos nomes de ruas como já chegaram, inclusive, boletos de IPTU para pagarmos”. As placas foram instaladas faz menos de meio ano no bairro.
 

CRISTIANO DUARTE – cristiano@jornalahora.inf.br

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