O “bafo na nuca” da RGE é mais do que justo e necessário. São inaceitáveis os problemas no abastecimento de energia elétrica, acumulados ao longo dos últimos anos. Fez bem o Procon estadual, pressionado por prefeitos da região, em dar um prazo para a concessionária apresentar soluções plausíveis aos dramas enfrentados região afora.
Calamitosa. Essa foi a classificação do Procon gaúcho sobre o serviço prestado pela RGE. Os produtores rurais – e são centenas – que registraram prejuízos substanciais recentemente ganham um aliado em potencial. O Procon foi taxativo no encontro dessa quarta-feira, em Porto Alegre: caso a concessionária descumpra as exigências, serão propostas sanções que podem ser desde multas até pedido de rescisão do contrato de concessão do serviço de energia.
Aqui no A Hora, os problemas no abastecimento são pauta rotineira. A vulnerabilidade é tamanha que, a cada ventania um pouco mais forte, o drama se espalha e multiplica perdas no campo e na cidade.
Voz do Vale no governo estadual
A indicação de Marjorie Kauffmann para assumir a presidência da Fepam coloca o Vale no primeiro escalão do governo de Eduardo Leite. Só falta o anúncio oficial do governador para a engenheira florestal de Lajeado ser alçada a um dos cargos mais concorridos no estado. E não é por menos. A fundação é que dá ritmo e celeridade – ou não – a quase todos os projetos de infraestrutura no RS.
A bióloga sucede Ana Pellini, que deu encaminhamento a uma dezena de pautas travadas por anos, e tirou, em partes, a Fepam de uma letargia histórica.
A nomeação de Marjorie tem relevância dupla para o Vale do Taquari. Primeiro, porque coloca a região num cargo expressivo dentro do governo estadual. O último foi de Ricardo Lied – chefe da Casa Civil do governo de Yeda Crusius, em 2007. Segundo, porque Marjorie, por ser lajeadense, conhece as demandas regionais e pode – sem condescendência e privilégios, claro – contribuir para o andamento de projetos travados faz tempo. Os pedidos para instalação de novas usinas hidrelétrica nos rios Taquari e Forqueta são alguns dos exemplos.
Prefeitos e deputados
Os prefeitos da Amvat recebem Lucas Redecker hoje de manhã, em Estrela, às 9h. A ideia do presidente Jonatan Brönstrup é trazer, periodicamente, um parlamentar – federal ou estadual – para participar dos encontros dos prefeitos, a fim de comprometê-los com as demandas regionais. Boa iniciativa.
Falta uma política para o leite no Brasil
Entra e sai crise no leite. E falta, cada vez mais, uma política de estado que seja capaz de profissionalizar, organizar, mas, sobretudo, proteger produtores e dar segurança às indústrias. O Instituto Gaúcho do Leite (IGL) foi amordaçado. As leis criadas faz dois anos repousam nas gavetas do Piratini, sem perspectivas. O projeto de erradicação da tuberculose e brucelose bovina, iniciada na comarca de Arroio do Meio, também sucumbiu.
Precisamos continuar mobilizados e não aceitar os desmandos governamentais. Mas, de fato, o futuro da cadeia leiteira está longe de ser promissor. E a escolha para esta incerteza crescente é de quem tem as canetas na mão.
Ritmo lento
O Carnaval ocorre em menos de um mês. Na região, inexistem mobilizações ou preparativos mais expressivos para as comemorações. Pelo visto, as avenidas estarão meio vazias em 2019. Das maiores cidades da região, apenas Taquari e Estrela garantem a realização de desfile.