Luz, câmera, Instagram

Comportamento

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Com quase 17 mil seguidores, Franciele Tamara ficou famosa pelos tutoriais de maquiagem feitos para todos os orçamentos. Natural de Lajeado, a influenciadora digital revela os bastidores de sua vida com os leitores

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Com 10, 5 mil seguidores no Instagram pessoal e 6,4 mil no profissional, Franciele Tamara, 26, uma das mais relevantes influenciadoras digitais da região, compartilha sua história e os significados da maquiagem em sua vida. Com muita simplicidade, leveza e dedicação, a moça fez do amor à profissão uma maneira de se comunicar com o mundo. Natural de Lajeado, a maquiadora e proprietária de um ateliê que leva seu nome conquistou o público feminino não só do Vale, mas de todo o Brasil.
Como e quando decidiu virar uma influencer digital? De que forma isso aconteceu?
Tudo aconteceu muito sem querer e também não faz tanto tempo. Inicialmente maquiando no ateliê, eu tinha sempre muito presente essa vontade e interesse de mostrar um pouco do que estava fazendo para que as pessoas também pudessem compartilhar. Posso dizer que foi um processo natural, mesmo porque hoje o influenciador é alguém muito próximo das pessoas e que ilustra uma certa representatividade no seu segmento, no meu caso, da maquiagem. E essa proximidade cria um vínculo maior com as pessoas e eu amo isso! Tenho tido muitos feedbacks de pessoas que me acompanham e que confiam naquilo que eu transmito. E as empresas que investem em mim como influenciadora sempre salientam essa proximidade com o público, até mesmo porque números de seguidores e likes não significam influência.
O que significa saber que muitas pessoas dentro e fora do RS tem você como uma referência em maquiagem?
É muito gratificante, eu me sinto extremamente feliz e honrada por esse reconhecimento! E posso confessar que o segredo está na dedicação, persistência e compromisso. Porque dedicamos uma grande parte das nossas vidas ao nosso trabalho, e embora algumas pessoas se conformem em sobreviver, outras fazem do seu trabalho uma forma de vida. Quando uma pessoa ama o seu trabalho, ela se destaca entre as demais, porque se torna capaz de viver intensamente o seu propósito. E viver intensamente o propósito pra mim é se perguntar: “O que você ama tanto fazer, que faria mesmo se fosse de graça?”
O que veio primeiro: o sucesso nas redes sociais ou seu ateliê? Qual é a relação entre essas duas partes da sua vida?
Quem veio primeiro foi o ateliê e consequentemente um crescimento diante das redes sociais pelo fato de conseguir expor mais o meu trabalho diante das mídias. É difícil no início, porque maquiador não tem vida social logo ali no começo. Não tem horário pra trabalhar, se tem que acordar 5h da manhã pra produzir, tem que estar lá e ponto. No início, você precisa juntar dinheiro e ir trocando os seus produtos por outros cada vez melhores e isso faz você correr contra o tempo. Mas hoje a relação entre as duas partes é o comprometimento e dedicação para oferecer sempre o melhor.
Como é o seu dia a dia?
Como trabalho em diversos segmentos desse mercado da beleza, meu dia a dia é intenso. Faço maquiagens para fotos, eventos, formaturas, casamentos, realizo trabalho como modelo para publicidade. Atualmente tenho ficado mais no ateliê, onde ministro cursos ligados também à beleza. Lá ministro cursos de automaquiagem e cursos profissionalizantes, para quem, assim como eu, sonha em ingressar nesse mercado de trabalho. O ateliê é meu cantinho de ideias, onde eu produzo conteúdos, recebo clientes, administro as parcerias.. enfim, é o meu melhor lugar!
Quem são as duas influenciadoras referências pra você?
Tenho uma infinita lista de influenciadores que eu admiro muito e que servem de inspiração. No cenário nacional, posso citar as três maquiadoras gaúchas que me inspiraram desde o início: Bruna Malheiros, Gabih Machado e Duda Fernandes. Depois abre um leque gigantesco de nomes conceituados mundialmente e que servem diariamente de inspiração, como Nikkie Tutorials, Helder Marucci, Priscilla Lessa e Michelly Palma.
A internet, principalmente o Instagram, gera uma discussão polêmica sobre a beleza perfeita, ideais de beleza, padrões e autoestima. Como você encara isso e de que maneira busca se expressar em relação a isso?
Na internet, principalmente com a influência da mídia e do uso das redes sociais, temos enfrentado quase uma ditadura da beleza. As pessoas, principalmente mulheres, estão cada vez mais obcecadas em atingir o inatingível padrão estético, deixando de lado a sua forma natural e até mesmo alguns riscos que isso pode trazer para a própria saúde. Elevar a autoestima não significa seguir um padrão específico! E a maquiagem na minha opinião tem um papel que é de extrema importância para quem luta diariamente com a aceitação da sociedade. Mulheres com problemas de acnes, vitiligo, cicatrizes aparentes e outros traços, muitas vezes, sentem necessidade de disfarçar essas características com maquiagem, ficando mais confiantes com a transformação que um pouco de base e corretivo podem fazer.
Mas cada mulher é de um jeito, tem o seu tipo de corpo, cabelo, rosto, unha e cada uma é linda do jeito que é. Ninguém tem obrigação de se sentir mal do jeito que é. Se quiser emagrecer, alisar o cabelo, fazer plástica, tudo bem, é uma opção e ela pode fazer isso se for pra se sentir bem consigo mesma. O que não pode é fazer isso por se sentir mal ou por não ser igual a modelo da revista. Se eu me sinto bem do jeito que eu sou, é a única coisa que importa.
Certa vez conversei com a Alice Salazar e ela me disse “As mulheres não deveriam ser taxadas como bonitas ou menos bonitas, porque na verdade todas têm potenciais diferentes de beleza e a maquiagem nos ajuda a chegar ao auge desse potencial”. Qual é a sua relação da maquiagem?
Eu concordo com a Alice, porque para algumas mulheres trabalhar a autoestima é um processo que dura anos. É inevitável, todas temos alguma insegurança relativa à aparência que acaba influenciando até mesmo a forma como vivemos e como nos comportamos. O auge do potencial é se sentir bem e feliz com ou sem maquiagem. Mas a partir do contato com a maquiagem parece que vira a sua “pintura de guerra” para enfrentar o mundo com leveza, sentindo-se mais poderosa e mais você mesma.
Fora das redes, a Frã usa maquiagem o tempo todo?
A Frã não usa maquiagem o tempo todo, mas grande parte dele sim! Acaba virando hábito, rotina, a maquiagem faz parte do que eu sou hoje. Mas garanto que pela manhã me encontram de cara lavada mesmo!

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