Natural de Encantado, a jornalista Renata Agostini, 28, é coordenadora do grupo de jovens católicos Emmanuel, na Irlanda. Nesta semana, integra comitiva em encontro no Panamá.
• Quando e por que você decidiu morar fora do Brasil?
Eu estou aqui desde 2015. A decisão iniciou com a vontade de fazer intercâmbio para estudar inglês. Decidi isso junto com o meu namorado. Na época, estávamos quase nos formando no curso de Jornalismo, e já trabalhávamos na área. Pensamos o que poderia unir a nossa vontade de viajar e conhecer outros lugares com a importância de aprender o inglês. Em 2012, meu então namorado e hoje marido fez intercâmbio em Portugal. Eu tive a oportunidade de visitá-lo. E o que nos motivou após a nossa formatura foi justamente isso: a possibilidade de conhecer novas culturas, um pouco mais do mundo. Por isso escolhemos a Irlanda.
Como foi sua iniciação nos grupos de jovens católicos?
Minha relação com a JMJ iniciou no Brasil, quando eu estudava no Ensino Médio. Um padre me convidou para participar de retiros. Achei muito legal e comecei a participar de encontros esporádicos com outros jovens. Ajudei a organizar eventos e atuava como monitora. Sempre exerci várias funções. Durante cinco anos, fiz parte da Juventude Scalabriniana, no RS. Por lá, iniciei experiências internacionais com o Paraguai e, em 2013, participei do encontro no Rio de Janeiro. Sempre vi como uma forma de retribuir tudo que a igreja fez por mim na juventude. Eu sempre cultivei a minha religião. E o grupo de jovens me mostrou que a Igreja Católica vai muito além das missas. Pude ver o lado jovem que muitos não têm contato, não têm interesse, têm vergonha ou pensam que é cafona. Isso sempre me ajudou muito a trabalhar minha parte espiritual. Hoje eu supero qualquer desafio que apareça na minha vida.
• O próximo desafio é o Panamá?
Exatamente. A minha fé é o que me move. Eu acho que é isso que me faz ter tanta vontade de ser voluntária nesses eventos da Jornada Mundial da Juventude. Eu estou em uma expectativa muito grande. Embarco nesta sexta-feira para o Panamá. E ficarei por lá como voluntária internacional por duas semanas. É uma forma de demonstrar nossa fé e o amor ao próximo.
• É possível integrar a fé com a sua profissão?
Sim. Em 2016, por exemplo, eu participei na jornada na Polônia, em Cracóvia. Foi um grande desafio porque fui voluntária na minha área profissional, o jornalismo. Eu fiz parte da equipe de redes sociais oficiais do evento. Pude treinar meu inglês, pois cobri o evento em tempo real, ao lado de pessoas do mundo inteiro. Foi muito bacana. E o mais legal é que eu ainda continuo auxiliando na produção de notícias. Eu estou indo ao Panamá como jornalista.