“O que aconteceu com Potrich não ficará sem resposta”

Mistério em Anta Gorda

“O que aconteceu com Potrich não ficará sem resposta”

Delegado Guilherme Pacífico, responsável pela investigação do desaparecimento do gerente do Sicredi, Jacir Potrich, 55, afirma que caso deve ser esclarecido nos próximos dias

“O que aconteceu com Potrich não ficará sem resposta”

Prestes a completar dois meses do desaparecimento de Jacir Potrich, 55, gerente do Sicredi por 25 anos, a Polícia Civil assegura que as respostas para o caso estão prestes a serem esclarecidas. Segundo o delegado Guilherme Pacífico, responsável pela investigação, o inquérito já soma mais de 150 páginas.
 
“Conseguimos muitas informações ao longo destes quase 60 dias. Trata-se de uma investigação complexa, mas, agora, estamos caminhando para finalizá-la”, garante Pacífico.
Potrich desapareceu em seu condomínio, no centro do município, em 13 de novembro, depois de retornar de uma pescaria.
As imagens das câmeras de segurança da residência mostram Potrich saindo de casa e depois retornando, às 19h07min. Sozinho, foi até os fundos da casa carregando um balde com o pescado. A última imagem de Potrich mostra ele limpando e guardando os peixes na geladeira. A faca, a tesoura e a pia suja com as vísceras dos animais foram mais um motivo de estranheza – já que ele era reconhecido na comunidade por ter um perfil organizado e asseado.
 
Na garagem, permaneceu o veículo de Potrich com seus documentos pessoais. Cerca de uma hora depois, um sobrinho de 24 anos que mora com o gerente e a esposa, a contadora Adriane Balestreri Potrich, 53, chegou à residência. O jovem teria ligado para a esposa de Potrich e comunicado que o tio não estava em casa.
 
De acordo com a Polícia Civil, os únicos itens não localizados foram o celular, a chave de casa e a roupa do corpo da vítima.
Sem deixar pistas, a principal linha de investigação aponta sequestro. No entanto, nenhuma hipótese foi descartada.
“O que aconteceu com Potrich não ficará sem resposta”, afirma o delegado. “A ampulheta está se esgotando e correndo rápido. Estamos chegando na verdade sobre esse complexo caso.”
 
Por diversas ocasiões, Polícia Civil, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e moradores da cidade fizeram buscas em matagais com cães farejadores. Na tentativa de encontrá-lo, um açude próximo à casa de Potrich foi esvaziado
No município, o caso gerou espanto na comunidade. Com apenas um roubo registrado ao longo de 2018 e dois em 2017, o último assassinato, segundo a Secretaria de Segurança Pública, aconteceu há 15 anos, em 2003.
 
A família de Potrich ofereceu recompensa de R$ 50 mil para quem fornecer informações concretas sobre seu paradeiro.
A proposta foi divulgada na rede social do filho do bancário, Vinícius Potrich, 26.
Contatos sobre o paradeiro de Potrich podem ser feitos pelo (54) 9 9709-1519.

Cristiano Duarte – cristiano@jornalahor.inf.br

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