Moradores denunciam furtos  e reivindicam mais segurança

Complexo da Polar

Moradores denunciam furtos e reivindicam mais segurança

Sem portas e iluminação, antigo prédio da Polar se tornou esconderijo em potencial. Leitor flagrou momento que um homem roubava telhas do local

Moradores denunciam furtos  e reivindicam mais segurança
Estrela

O imóvel que já abrigou a maior potência econômica do município e se tornou parte da memória afetiva de seus moradores é, hoje, fonte de preocupação. O prédio onde funcionou o refeitório da antiga fábrica da cervejaria Polar está abandonado. Sem portas e janelas, o que sobrou da unidade produtiva se tornou um esconderijo em potencial e fonte de pequenos furtos.
A fiação elétrica foi levada e, uma semana atrás, parte do telhado também. Um leitor flagrou a ação de dois homens que entraram no prédio para furtar telhas. As imagens mostram os indivíduos sobre o telhado, retirando folhas de alumínio de uma área da fábrica onde estão depositadas sucatas de equipamentos de informática.
Pouco mais de um mês atrás, um vendaval derrubou o portão da entrada principal do prédio. A facilidade de acesso ao local favoreceu os furtos no local. A área pertence ao município.
 

Insegurança à noite

Julia Thomé mora nas proximidades e frequenta a escadaria de dia para tomar chimarrão. À noite, depois que fecha o bar próximo à escadaria, ela não considera o local seguro. “Não passo por aqui de noite, tenho medo. É escuro, não tem iluminação, é perigoso”, afirma.
Marcos Alexandre Kayser é presidente da Associação de Ecologia e Canoagem (Aeca). Ele dá aulas para crianças e adolescentes no Rio Taquari, próximo à escadaria. A associação utiliza um espaço cedido no prédio da Polar para guardar os equipamentos.
Ele reclama da falta de segurança e afirma que o local se tornou ponto de uso de drogas, o que gera atritos nas aulas. “Os moradores do centro têm toda razão em dizer que a escadaria da Polar, principalmente à noite, não tem segurança.”
 

Ferramentas roubadas

Com o objetivo de atrair a população e movimentar o espaço público, o evento Arte na Escadaria foi criado em agosto de 2013, logo após a conclusão da reforma. A produção utiliza um espaço do prédio para guardar materiais. O coordenador José Itamar Horn, o Bitti, conta que já teve ferramentas furtadas em frente ao local. Cerca de quatro meses atrás, ele deixou o carro destrancado e entrou por dois minutos para buscar materiais. Quando voltou, uma furadeira, uma esmerilhadeira e outras ferramentas haviam sido roubadas do porta-malas.
Dois jovens que testemunharam o furto disseram que o criminoso fugiu com os objetos e os ameaçou para que não falassem nada. “Lá dentro, já vi dois ou três caminhando por cima do telhado. A fiação foi cortada e levada. Aquilo ali está virando um antro”, afirma Horn.

Matheus Chaparini – matheus@jornalahora.inf.br

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