Havia apenas um pé de umbu e dois jovens ávidos por criar um conjunto musical católico, em 1985, em frente ao que se tornaria logo o ginásio da Associação Recreativa e Cultural da Barra da Forqueta – mais conhecida como Comunidade dos Santos Reis.
Os magos do Oriente que celebraram o nascimento de Jesus Cristo são representados pelo grupo Terno de Reis faz 33 anos.
Danilo Teloken, 58, e Elemar Both, 67, iniciantes do grupo, celebraram juntos nesse domingo, mais uma vez, a 33ª Festa dos Santos Reis.
“Esta festa marca tanto a criação de nosso grupo quanto da comunidade”, conta Teloken.
“Representamos os reis magos para a comunidade, mas eles também acabam nos representando juntos”, enfatiza Both.
No início, o grupo Terno de Reis teve dificuldade para dar os primeiros passos, mas hoje, com apoio de toda a comunidade, eles angariam fundos e promovem uma festa com pandeiros de fita, sanfona e violão para mais de mil pessoas.
“Quando criamos o grupo, tinham categorias para crianças, jovens e adultos. Mas acabou mantendo-se só o de adultos. Têm vezes que somos 20, outras somos 14. Vamos nos mantendo com os velhos e com os novos que entram no Terno de Reis”, conta Teloken.
Para o padre Erico João Hammes, 65, a Festa dos Santos Reis representa a chegada de Jesus Cristo a todas as nações.
“A ideia é mostrar que Jesus Cristo é uma boa notícia para todos os povos. Esta celebração marca o encontro humano com o destino do filho de Deus”, explica.
Simbologia
Com presença do prefeito Klaus Schnack, ele elogia a tradição mantida pela comunidade da Barra do Forqueta.
“É uma celebração forte que será mantida por muitas gerações”, enfatiza.
Embora more em Capitão, o aposentado Helmut Rohr, 75, participa das festas da comunidade dos Santos Reis sempre que pode.
“Acho muito bonito. Eles se vestem de reis magos, rezam e fazem um almoço muito bom”, conta.
Caravana
Depois da missa e do almoço, o Grupo A Hora fez uma série de brincadeiras e atividades lúdicas com os participantes da festa. De dança das cadeiras e sorteio de brindes, a história do maior cinto chamou a atenção.
O enfermeiro Alexandre Santos, 47, emagreceu 20 quilos em um ano e quatro meses. Deixou para trás os 111 quilos com orgulho e afirma que “isso só foi possível com uma dieta balanceada e com exercício físico. Quem quer, consegue.”
Um dos contemplados com brindes do A Hora, Nilton Mers, 54, elogiou a comunidade e as atividades da empresa.
“Espero que tenha mais vezes. Nossa comunidade aprovou a iniciativa.”
Cristiano Duarte – cristiano@jornalahora.inf.br