A Universidade do Vale do Taquari (Univates) deve assumir integralmente a gerência e manutenção da UPA a partir do dia 1º de abril. Já o contrato de transição entre a instituição escolar e a atual gestora, a Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), será assinado no dia 14 de janeiro. Com isso, nos próximos três meses, a gestão será compartilhada entre as duas entidades.
O secretário de Saúde (Sesa) de Lajeado, Tovar Musskopf, detalha a negociação. “Muitos contratos de funcionários da FHGV encerram entre os dias 14 e 16 de janeiro. A partir dessa data, toda e qualquer movimentação de entrada ou saída de profissionais do quadro da UPA estará sob a responsabilidade da Univates. À fundação, caberá manter a compra e aquisição de medicamentos e outros serviços básicos”, explica.
Para evitar transtornos, a Univates inicia os processos seletivos para contratação de médicos, técnicos em Enfermagem e enfermeiros para atendimento na UPA. “A unidade trabalha com um número que varia entre 120 e 130 funcionários. Esse montante será mantido a partir do novo contrato com a universidade”, salienta Musskopf.
Os valores a serem repassados para a Univates gerenciar a unidade ainda serão calculados pela equipe da Sesa. Hoje, o governo repassa – entre verbas municipais, estaduais e federais – R$ 870 mil à FHGV. “A fundação solicitou, em setembro passado, aumento para R$1 milhão mensais. Logo após, fez nova proposta, pedindo R$ 960 mil. Acredito que o montante a ser repassado à universidade fique entre R$ 870 mil e $ 960 mil por mês”, estima ele.
Inicialmente, havia previsão de aumento nos custos. Isso porque a FHGV é filantrópica, diferente da Univates. “Porém isso não deve acontecer. Haverá um certo aumento em relação ao valor atual, mas isso ocorreria, também, com a fundação. Pois eles encerrariam todos os contratos com as pessoas jurídicas para contratar via CLT.”
Aprovado pela câmara na última sessão do ano, o contrato com a Univates será por um ano, com possibilidade de renovar por mais cinco. A UPA proporciona uma média de 6,4 mil consultas, o que gera em torno de 35 mil procedimentos ambulatoriais diversos. “No verão aumenta muito os casos de diarreia e viroses gastroenterite, além de desidratação, principalmente em idosos e crianças, pois costumam tomar pouco líquido”, ressalta o secretário.
Confusão na quarta-feira
Nessa quarta-feira, por volta das 22h30min, funcionários da unidade precisaram chamar a Brigada Militar (BM) para evitar confusão após demora no atendimento de alguns pacientes. Segundo relatos, pessoas ficaram cinco horas à espera de médicos e, diante do teor das reclamações, a guarnição precisou acalmar os ânimos. Segundo a direção da UPA, os seis leitos costumam ficar lotados neste período, e há também profissionais em período de férias.
Segundo Musskopf, houve um problema pontual de aumento da procura por atendimento devido ao excesso de calor, no fim da tarde e início da noite. “Isso acabou por fazer os atendimentos levarem mais tempo do que o normal. Na manhã de ontem, o atendimento estava normalizado. A prefeitura de Lajeado acompanha o atendimento prestado pela FHGV para garantir o cumprimento do contrato.”