Coordenadores aguardam posição do novo governador

Vale do Taquari

Coordenadores aguardam posição do novo governador

Apenas Ramon Zuchetti, da 16ª CRS, anuncia saída voluntária do cargo público

Coordenadores aguardam posição do novo governador

A maioria dos coordenadores regionais lotados na região ainda não recebeu qualquer orientação do novo governo. Eles permanecem nos cargos públicos com salários que variam de R$ 3 mil a R$ 5,5 mil, nas áreas de educação, saúde, obras, desenvolvimento social e trabalho. Todos foram nomeados pelo MDB e agora aguardam manifestação de Eduardo Leite.
Apenas uma mudança está confirmada. Ramon Zuchetti, chefe da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), deixa o cargo ainda em janeiro, mas por decisão própria. “Tenho ao menos duas propostas do setor privado e também avalio possibilidades no setor público. Estou apenas finalizando alguns processos para, até a segunda quinzena deste mês, deixar o cargo.”
Zuchetti recebe aproximadamente R$ 5,5 mil de salário bruto por mês. Líquido, sobra pouco mais de R$ 4,4 mil. “Posso afirmar com tranquilidade que o valor não é o mais importante do cargo, mas, sim, o aprendizado e a responsabilidade assumida durante a gestão”, afirma. Ele assumiu o posto em junho de 2016, após o morte do ex-coordenador regional, Vitor Hugo Gerhardt.
Entre os processos ainda em andamento na 16ª CRS, Zuchetti cita a retomada dos incentivos financeiros do Estado ao Instituto de Oftalmologia de Encantado. “Além dessa, tenho ainda quatro ou cinco situações para resolver. Entre essas, a possibilidade de confirmar a gestão plena de saúde em algumas prefeituras do interior do Vale do Taquari”, salienta. Ainda não há nome confirmado para substituí-lo.

Indefinições persistem

O quadro segue indefinido em outras áreas. Greicy Weschenfelder, chefe da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), segue atuando durante esses primeiros dias do novo governo de Eduardo Leite. Segundo ela, que recebe em torno de R$ 4,4 mil por mês e está faz um ano e meio à frente do cargo, não houve qualquer recomendação por parte do diretório do partido. “Não fui comunicada”, resume.
A mesma situação ocorre no Sine, com a coordenadora Vanderléia Bottega. “Não recebi nenhuma orientação. Só sabemos o que é divulgado pela imprensa. Até segunda ordem, permaneço”, diz ela, que assumiu o cargo de chefia em dezembro de 2017.
Outro que aguarda uma definição por parte do novo governador empossado é o engenheiro Guilherme Spohr, coordenador regional de Obras. Com salário próximo a R$ 3,7 mil, ele não foi comunicado sobre o futuro no atual governo. “Seguimos com a informação de que o governador eleito pediu para o José Ivo Sartori não exonerar os antigos coordenadores. Seguimos na ativa sem orientação oficial”, afirma ele, no cargo desde 2016.

“O melhor é extinguir todas coordenadorias”

O jornalista Deolí Graff atua hoje como coordenador regional de Desenvolvimento, onde atua como delegado do Trabalho lotado em Lajeado. Está no cargo faz quatro meses. Por mês, recebe aproximadamente R$ 3,4 mil. “Não recebi comunicado. Estamos aguardando uma posição do novo governo”, resume ele.
Graff critica a situação atual das coordenadorias. “Trabalho sem qualquer estrutura. Tenho apenas uma mesa e um computador velho. Para me deslocar aos 36 municípios da região, utilizo meu próprio carro. Dessa forma, eu questiono a real necessidade de existência do meu cargo”, desabafa. “É o retrato da situação do Estado. É hora de repensar a importância dos cargos regionais. O melhor é extinguir todas as coordenadorias regionais”, finaliza.

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