“Quero ajudar a tornar o mundo mais humano”

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“Quero ajudar a tornar o mundo mais humano”

Cléria Elvira Sulzbach, 58, foi convidada a fazer parte do Arte na Escadaria como contadora de histórias. Também atua de forma voluntária em hospitais e asilos, além de produzir artesanatos gratuitos para a comunidade. • Quando surgiu a ideia e…

“Quero ajudar a tornar o mundo mais humano”

Cléria Elvira Sulzbach, 58, foi convidada a fazer parte do Arte na Escadaria como contadora de histórias. Também atua de forma voluntária em hospitais e asilos, além de produzir artesanatos gratuitos para a comunidade.
• Quando surgiu a ideia e a oportunidade de ser uma contadora de histórias?
Desde pequena, gosto muito de fazer teatro, adoro artes. Sempre fui muito da leitura e, como professora, sempre incentivei os meus alunos a lerem. Quando me aposentei, a Doca me convidou para participar do Arte na Escadaria, porque queria fazer o Espaço Criança. Queria que eu fizesse dobraduras. Sempre fazia muito com as crianças, porque desenvolve a atenção e a motricidade, por isso, sempre estava presente nas minhas aulas. Aceitei o convite e disse que ia contar histórias. Tenho muitas fantasias e vou variando.
• Que tipo de voluntariado você costuma fazer?
Muitos. Além de contar histórias para as crianças, eu me visto de palhaço e também faço essa atividade no hospital e asilos. Às vezes, coloco alguma fantasia, em outrasm vou de cara lavada. Eu brinco e danço. Ainda quero ir de Nossa Senhora, já fui assim uma vez no hospital. O que mais gosto é que faz muita gente feliz e, com isso, saio mais feliz ainda. Também sou artesã, faço flores de EVA, mas tudo para o meu uso, não costumo vender. Faço estrelas e tudo que eu preciso, nada específico. Olho na internet e tento fazer. Às vezes, faço doações de estrelas e flores para a igreja.
• Teve alguma história que te marcou neste tempo?
Várias coisas foram marcantes. Mas uma delas eu lembro bem. Uma vez fui de Branca de Neve contar as histórias no Arte na Escadaria. E no mês anterior eu fui de Emília. As crianças vieram me receber e disseram: “É a mesma, é a Emília”. Elas me reconheceram e isso foi muito marcante para mim.
• Qual é a importância de contar histórias, principalmente para as crianças?
Acho importante contar histórias. A Doca já queria que eu participasse do Arte na Escadaria por isso. Para tirar as crianças do celular. Só a escola não consegue fazer isso. É importante que elas tenham essa oportunidade de estar em contato com a leitura fora do ambiente escolar, porque ela abre caminhos e dá lugar à imaginação. O que mais me incentiva a contar histórias e fazer cada vez melhor são os rostinhos olhando para a gente como quem diz que quer mais. As crianças nos abraçam e agradecem por terem aprendido uma dobradura. Isso não tem preço. É gratificante ganhar o abraço de uma criança. Quero ajudar a tornar o mundo mais humano.

Bibiana Faleiro: bibiana@jornalahora.inf.br

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