Francieli Rosa, 36, de Estrela, é instrutora de academia e começou a correr faz três anos. Para 2019 a meta é terminar três ultramaratonas.
• Quando e por que começou a praticar corridas?
Comecei a praticar corrida há pouco menos de três anos. Minha primeira participação foi na Unisinos Day, quando cheguei em 6º geral. A experiência foi motivadora. Lembro que tinha duas voltas pelo pórtico para completar os 5km. Na primeira volta, terminei rindo, pois estava em terceiro geral, e fui assim até faltar 600m, quanto tive a péssima ideia de tomar uma garrafa de água inteira. A consequência disso foi que fiquei com muita dor e diminui o passo. Na real nem sabia que estava tão bem, pois largamos junto com outras distâncias. Imaginava ser uma das últimas dos 5km.
• Qual a sensação de correr?
Desde a corrida da Unisinos, não parei mais. Correr é a minha terapia, seja nos dias felizes ou tristes. No momento em que calço meu tênis e saio para correr, viajo nos meus pensamentos, planejo, busco renovar minhas energias. E quer saber? Funciona. Quem me conhece há mais tempo sabe que desde cedo tive altos e baixos, comecei a tomar antidepressivos por um tempo. Desde que comecei a correr, nunca mais precisei tomar medicação.
• Qual foi o maior desafio?
Meu maior desafio até hoje foi o La Mision Brasil, em Passo Quatro (MG). Durante a preparação, tive uma lesão. Antes da prova e mesmo lesionada, corri algumas outras, o que piorou o meu quadro. No La Mision, largamos às 10h, foram horas subindo a Serra Fina. Nos primeiros 19km, só subia. Tive que manter o ritmo mesmo com dor para chegar a tempo. Para minha surpresa, fui a 9ª mulher a cruzar a linha de chegada dos 35km e o 1º atleta gaúcho que chegou. A prova ainda rendeu um pódio, um segundo lugar na categoria. Chorei muito durante o percurso, olhava para trás e via aquela imensidão, mas o choro era de alegria por viver aquele momento.
• E as dificuldades?
Na do Audax Trail Tour, 24km, em Santa Maria do Herval. Apesar da febre, com muito esforço, retomei na segunda volta e conclui a prova em 5º geral.
• Se tivesse que convencer uma pessoa a começar a praticar o esporte, o que argumentaria?
Sempre procuro incentivar meus amigos a correr junto. Falo das minhas experiências com a prática e todos os benefícios que a corrida pode trazer, não só para o corpo, mas para a mente. Quem corre os males espanta.
• Tem algum desafio que pretende encarar no futuro?
Tenho três desafios confirmados para 2019. Em fevereiro, a prova Ponta do Papagaio (30km), em Santa Catarina. Em julho, tem a Ultramaratona dos Perdidos (45Km) e o La Mision Brasil (50km), em agosto.
Ezequiel Neitzke: ezequiel@jornalahora.inf.br