“Para o rock ninguém torce o nariz”

Notícia

“Para o rock ninguém torce o nariz”

Tiago José Kuhn, 38, mais conhecido como TJ, é dono do Galera’s, bar com temática exclusiva de rock’n’roll em Lajeado. Em 2019 o estabelecimento completará uma década. • Como surgiu a ideia de fazer um bar de rock? De 2001…

“Para o rock ninguém torce o nariz”

Tiago José Kuhn, 38, mais conhecido como TJ, é dono do Galera’s, bar com temática exclusiva de rock’n’roll em Lajeado. Em 2019 o estabelecimento completará uma década.
• Como surgiu a ideia de fazer um bar de rock?
De 2001 a 2009, morei em Porto Alegre. Na época, trabalhava como secretário no bloco cirúrgico do Hospital da Ulbra. Sempre que voltava para Estrela, fazia churrasco com uma turma de amigos.
A gente dizia “Vamos unir a galera” ou ainda “Vamos fazer mais um churrasco com a galera” e, de galera para cá e galera para lá, formamos um time de futebol na Soges chamado Galera’s. Nosso clube era movido a “kit chumbinho”, músicas de rock e churrasco de coração. Com o passar do tempo, nossos encontros passaram a ser em bares de Estrela. Um deles estava para fechar, quando fiquei sabendo, aluguei aquele estabelecimento. Ao colocar o nome, não tive dúvida: Galera’s. Depois mudei o bar para Lajeado.
• Com quase 10 anos de bar, você viu muitos estilos musicais surgirem e alcançarem o sucesso, como o sertanejo e o funk. Em algum momento pensou em incluir outros tipos de música no seu bar?
O rock na região teve altos e baixos. Mas sempre se manteve. É o estilo que eu gosto e também as bandas que conheço. Se eu fosse ter um bar com música sertaneja, não saberia nem quem contatar.
Quando você fala em funk, pagode ou sertanejo universitário, muitas pessoas enfatizam que não gostam desses estilos. Mas para o rock ninguém torce o nariz. Trata-se de um dos estilos musicais mais aceitos. É seguido por pessoas de atitude e de nível cultural elevado.
• Seu bar é o único de rock em Lajeado. Os clientes se mostram fiéis. Além do rock, como você faz para cativar seus clientes?
O Galera’s é minha casa. Gosto muito de receber todos. Trato as pessoas como se elas estivessem, de fato, na minha casa. Assim como aquela ideia que nasceu em 2001 de fazer churrasco para unir a galera e confraternizar, o mesmo ocorre ainda hoje no bar. Além disso, a gente volta e meia faz campeonatos de futebol no videogame. Às vezes tem um ou outro que incomoda no bar, mas é difícil eu expulsar alguém, pois o cliente acaba se tornando meu amigo. Quem vem aqui sabe que vai encontrar o rock que procura.

Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br

Acompanhe
nossas
redes sociais