Acesso restrito

Editorial

Acesso restrito

A imersão tecnológica é um processo sem volta na sociedade contemporânea. A internet se tornou uma necessidade básica. Não ter acesso à rede de computadores é estar distante da informação, do conhecimento e das oportunidades de negócios e trabalho. Dados…

A imersão tecnológica é um processo sem volta na sociedade contemporânea. A internet se tornou uma necessidade básica. Não ter acesso à rede de computadores é estar distante da informação, do conhecimento e das oportunidades de negócios e trabalho.
Dados do suplemento da Informação e Comunicação da Pnad Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trazem uma radiografia do acesso à internet no país. Em um ano, foram contabilizados quase dez milhões de novos usuários. Um crescimento de 5% na comparação com 2016.
Frente aos números, é preciso lembrar que há também uma questão que envolve a geração. Conforme o IBGE, a falta de conhecimento é a principal causa para não acessar a rede mundial de computadores. O motivo foi citado por 38,5% dos entrevistados. Apesar do acesso à internet entre a população mais velha ter crescido, os idosos ainda são os que a utilizam em menor proporção.
Ainda assim, há pontos de deserto digital. Pelos números do IBGE, o RS está na nona posição em percentual da população com acesso à internet. A estimativa é que 76% da população tenha ligação com a rede.
Os gaúchos estão atrás do Amapá, Goiás e Roraima, por exemplo. Essa comparação mostra que ainda há desertos digitais no estado. Junto com a dificuldade de acesso à internet, também está a qualidade do sinal do telefone, seja fixo ou celular.
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Um levantamento do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat) aponta que metade das cidades do Vale não tem acesso a linhas. De 36 municípios, usuários de 26 consideram o sinal móvel regular ou ruim.
Cerca de duas décadas após a privatização do sistema Telebrás, muito se avançou em termos de inclusão. Mas o país e, em especial o RS, ainda está longe da universalização do serviço. Estima-se que cerca de 500 mil gaúchos não contam com telefone celular com acesso à internet.
Como forma de avançar, é preciso um esforço coletivo e também uma cobrança mais efetiva sobre as operadoras. Pelas reclamações, clientes criticam a falta de compromisso em fazer investimentos nas cidades do interior.

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