Melhorou, mas não resolveu. Moradores querem semáforo

Lajeado - Bairro Universitário

Melhorou, mas não resolveu. Moradores querem semáforo

Do início do ano até o fechamento desta edição, sete acidentes foram registrados no cruzamentos das avenidas Alberto Pasqualini e Amazonas. Apesar da instalação de quatro faixas elevadas, em maio, reduzirem as colisões, moradores exigem semáforo

Melhorou, mas não resolveu. Moradores querem semáforo
Lajeado

Na segunda-feira, dia 10, às 18h30min, o supervisor de frota Décio Gerhardt, 58, trafegava do bairro Campestre em direção à sua casa, no Universitário, pela avenida Amazonas.

Ao dar sinal de pisca para esquerda para entrar na avenida Alberto Pasqualini, deparou-se com uma motorista que vinha no sentido oposto.

“Acho que ambos entenderam que um deu sinal de passagem para o outro. A mulher estava com um bebê de 8 meses no carro. Sorte que ninguém se machucou”, conta a aposentada Noeli Tasch, 63, que presenciou o acidente do portão de casa, a poucos metros do cruzamento.

Noeli Tasch

Instaladas desde maio, as quatro faixas elevadas, duas em cada sentido, parecem não ter resolvido o problema de acidentes no trecho.

Sem os quebra-molas, do início do ano até maio, foram registrados seis acidentes no cruzamento da Pasqualini com a Amazonas. De lá para cá, apenas uma ocorrência foi registrada.

Embora tenha diminuído os acidentes, motoristas reclamam dos perigos enfrentados com a falta de um semáforo.

“Quando chega no horário da faculdade, tanto na noite quanto na manhã, nem gato passa nesse cruzamento. Fica um congestionamento impossível de trafegar”, protesta Gerhardt.

Em decorrência do acidente, a principal queixa dele é de que passará o Natal e Ano- Novo com um carro emprestado pela seguradora.

“Falei para eles (seguradora) que deveríamos processar a prefeitura. Não tem cabimento. Por que não colocaram um semáforo até agora?”

Canteiro da avenida Amazonas virou depósito de cacos de vidros de veículos que colidiram

Canteiro da avenida Amazonas virou depósito de cacos de vidros de veículos que colidiram

Assalto

Um vizinho de dona Geotrudes Azambuja, 69, foi assaltado recentemente naquele cruzamento. Como os veículos precisam parar, de todos os lados, a cada travessia, bandidos aproveitam para agir.

“Meu vizinho veio de carro acompanhado da mulher para levar a filha no trabalho. Quando chegou nesse cruzamento, tinha dois criminosos de escopeta para assaltar”, relata Geotrudes.

Arnildo Ghettens

Preferência

Morador da única residência na esquina do cruzamento, o aposentado Arnildo Ghettens, 79, presenciou todos os acidentes que aconteceram ali.

“Isso sempre acontece. Quando um acha que tem a preferência para atravessar, o outro também pensa a mesma coisa e aí batem”, resume.

Ainda segundo Lourival Lírio, 64, que reside a poucos metros do cruzamento das avenidas, “Muitos motoristas acreditam que a Amazonas é uma preferencial.”

Lourival Lírio

Solução

O coordenador do Departamento de Trânsito, Vinícius Renner, garante que a instalação de quatro semáforos está prevista para breve.

“Vamos impedir a conversão à esquerda de ambos os lados. Porque, caso não for assim, precisaríamos de sinaleiras de quatro tempos, prendendo os motoristas em 90 segundos em cada via”, explica.

Sem a opção de converter à esquerda, motoristas que trafegam pela Pasqualini, sentido bairro/centro, terão que fazer o retorno na rótula da Univates. Para quem vem pela Amazonas e precisa acessar a Pasqualini em direção a Arroio do Meio, o retorno será feito depois de cruzar a Pasqualini e subir a Amazonas.

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Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br

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