O recuo da EGR

Editorial

O recuo da EGR

Diante da manifestação da comunidade, dos motoristas e dos empresários com empreendimentos às margens da RST-453, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) atendeu o pedido e começa hoje a adaptação em pouco mais de dois quilômetros da estrada, em trecho…

Diante da manifestação da comunidade, dos motoristas e dos empresários com empreendimentos às margens da RST-453, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) atendeu o pedido e começa hoje a adaptação em pouco mais de dois quilômetros da estrada, em trecho do bairro Floresta em Lajeado.
Faz quase três meses que foi ampliada a rodovia. No sentido Lajeado-Venâncio Aires foi acrescentada uma pista. No entanto, o acostamento foi retirado. Em uma área urbanizada como aquela, tirar o recuo é um equívoco de planejamento.
Ao que pese as críticas à estatal, nesse caso, cabe o reconhecimento. A EGR teve sensibilidade em ouvir a comunidade e encontrar uma solução, ainda que paliativa. A volta da pista simples, com a sinalização horizontal, será retomada a partir de hoje.
Com a mudança de governo, a continuidade da EGR virou uma grande interrogação. O futuro governador inclusive já se manifestou pelo fim da estatal. Uma decisão que desagrada alguns líderes regionais, tendo em vista o número de projetos, alguns esperando laudos técnicos para começar e outros em andamento.
Para muitos gaúchos, o modelo de pedágio da EGR perdeu a razão. Ao longo dos mais de cinco anos de existência, fez pouco no Vale do Taquari em termos de obras estruturantes. Com serviços insuficientes de manutenção, tornou-se um peso e um ônus para o governo estadual. A concessionária criada pelo governo Tarso Genro cai no ostracismo. Instituída com o pretexto de aproximar atores locais dos responsáveis técnicos, a autarquia sofre um processo de desmonte.
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Sem dúvida, houve equívocos por parte do ex-governador Tarso Genro em acelerar a atuação da EGR. O início dos trabalhos da autarquia foi repleto de problemas. Faltavam condições para acompanhar as melhorias necessárias nas rodovias.
Por outro lado, o sistema de pedágio comunitário estabelecia uma relação promissora nas diferentes regiões do RS. Tinha-se uma perspectiva de, a partir dos conselhos regionais, com uma análise ampla e presente das demandas, com indicação de obras prioritárias. Infelizmente isso não aconteceu.
Os conselhos comunitários perderam força. A cada movimento do Piratini, há uma aproximação para o retorno do modelo de pedágios privados. O processo iniciado por José Ivo Sartori tende a continuar com Eduardo Leite.

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