Justiça de Lajeado forma nova turma de mediadores

Lajeado

Justiça de Lajeado forma nova turma de mediadores

Métodos alternativos contribuem para a solução de conflitos sem interferência do juiz

Justiça de Lajeado forma nova turma de mediadores
Lajeado

Mais dez mediadores se juntam à equipe do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da comarca de Lajeado, que passa a contar com 25 integrantes. A turma recebeu os certificados ontem à tarde no Fórum. Os mediadores atuam no âmbito da solução de conflitos por meio da construção de acordos sem a necessidade de uma decisão do juiz.

A modalidade existe em Lajeado desde 2015 e já foi estendida para Encantado e Estrela. Este ano, já foram realizadas mais de 1,6 mil sessões nos três municípios.

Todos os conflitos que não forem do âmbito do direito criminal podem ser tratados em sessões como essa. Questões de família, cobrança de dívidas e acidentes de trânsito são exemplos de situações que podem ser resolvidas sem uma audiência convencional.

“Na Justiça tradicional, há perdedores e ganhadores. Nos métodos consensuais, ambos são vencedores porque constroem a solução daquele conflito de interesses”, afirma o juiz Luís Antônio de Abreu Johnson, diretor do Fórum. Para Johnson, esses métodos tornam a Justiça “mais humana”.

Na opinião do promotor de Justiça Neidemar Fachinetto, os procedimentos alternativos alteram a forma como se entende o que é fazer justiça. “Esse grupo mostra que fazer justiça ganha outros ares”, afirma.

Diferença

Os mediadores recebem um treinamento de dois anos, em que aprendem técnicas de acolhimento. O curso é regulamentado pelo Conselho Nacional de Justiça. A atuação é voluntária.

O ritual é diferente de uma audiência comum. No lugar de acusação, defesa e juiz, as partes sentam em torno de uma mesa redonda para buscar conjuntamente uma solução. Se o caso for solucionado por essa via, o juiz apenas homologa a decisão.

De acordo com o diretor do Fórum, o que é alegado em um processo nem sempre é o conflito de fato.

Johnson cita o caso de mãe e filha que buscaram a Justiça para tratar de uma reintegração de posse. A mãe queria a devolução do imóvel que havia construído para a filha morar no mesmo terreno. Durante a mediação, ficou demonstrado que o verdadeiro conflito era outro.

A mãe não aceitava o fato de a filha ser homossexual e ter levado a companheira para viver sob o mesmo teto. Sem interferência do juiz, elas chegaram a um acordo e permaneceram dividindo o mesmo terreno.

Mediadores

Patrícia Hergmoller
Alessandra Baum
Nivia Terezinha Heinen
Priscila Antoniazzi
Tânia Grunewaldt
Rosália Welter
Mônica Senter
Tais Brust
Vinícius Bender
Cristiane Luciane Muller
Ana Paula Ely
Angélica Deloeken
Cristiane Eckert
Simone Dullius
Raquel Cadore
Izolde Terezinha Korbes
Eliana Becker
Elenir da Silva Roth
Aline Eliana Busch
Matheus Schneider de Souza
Juliana Roveda
Elci Dapont
Flávio José Piccinini
Eduardo Francisco da Silva

Matheus Chaparini: matheus@jornalahora.inf.br

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