Estudantes e empresários de diversos setores se reuniram no Salão de Eventos da Acil para a 5ª edição do Startup Weekend Lajeado. Durante 54 horas, os participantes foram instigados a criar e validar ideias seguindo o modelo mental das startups.
Ao todo, 33 pessoas participaram do encontro e apresentaram 16 projetos, dos quais cinco foram desenvolvidos pelas equipes, com apoio dos mentores Ana Paula Thesing, Cíntia Agostini, Eloni José Salvi, Fabrício Pretto, Guilherme Motta e Jéssica Monteavaro Garbin.
A proposta vencedora foi a do aplicativo Smart Waste, voltado para facilitar a reciclagem de tecidos. A ferramenta faz a mediação entre as indústrias, que precisam descartar retalhos, e empresas que reciclam o material.
A iniciativa foi apresentada por Tatiane Borsoi, que está no oitavo semestre do curso de Engenharia Civil na Univates. “Tem fábricas que fazem estopa ou fios com os retalhos. E tem também finalidade para costureiras e artesãos”, afirma. Além de Tatiane, a equipe foi composta por Diana Reina, Ivan Mingireanov e Lucas Scheibler.
Em segundo lugar, ficou a Techfy Consultoria, que desenvolveu uma plataforma de consultoria para compra de dispositivos eletrônicos, como computadores e smartphones. O terceiro, a Count Stamp, plataforma para facilitar a contratação e busca de pacotes para viagens. As três serão incluídas na incubadora tecnológica da Univates.
Futuro promissor
O Facilitador do SW foi o paulista Henrique Fuschini, especialista no modelo de startups que participou pela primeira vez do evento no RS. Para ele, o Vale do Taquari tem potencial para se tornar um polo de inovação e tecnologia.
Segundo ele, entre as características fundamentais para o avanço do setor, está o apoio acadêmico das instituições de ensino, iniciativas de incentivo ao empreendedorismo e o suporte de instituições mais tradicionais, como prefeituras e associações empresariais.
“A região tem todo potencial para levar novas tecnologias para o mercado”, acredita. Segundo ele, a intenção do SW é apresentar formas de criação de produtos viáveis, repetíveis e escaláveis. Conforme o facilitador, a lógica da startup é ser mais prática e eficiente que uma empresa tradicional, muitas vezes, com poucos recursos.
“No sistema tradicional, para lançar um produto novo é preciso muito capital de giro, investimento de anos de pesquisa e um plano de negócio de cinco, dez anos. A lógica da startup é otimizar o processo”, afirma. Para isso, ressalta, é preciso ouvir as pessoas e pensar no usuário do produto ou serviço em questão.
“É simples, mas é preciso mudar o paradigma”, reforça. Segundo ele, a lógica das startups não é uma revolução, e sim uma evolução de um processo já existente, diante do modelo econômico vigente.
Juventude e experiência
Conforme o facilitador do evento, o público presente em Lajeado misturou a juventude de estudantes universitários com a experiência de profissionais já no mercado de trabalho.
Segundo ele, a mistura de perfis que se complementam é fundamental para o sucesso dos projetos apresentados. Mais do que incentivar a criação de startups, ressalta, o evento permite que os participantes abram novas perspectivas de empreendedorismo dentro das empresas onde atuam.
“Hoje qualquer empresa precisa ter essa energia nas áreas de inovação e no intraempreendedorismo”, aponta. O evento foi desenvolvido em parceria com o A Hora, Sebrae, Acil, Aztech, Avalie, Bimachine, Motomecânica Locadora, Reginp, MEQ, Traçod, Barzotto e Inovates.