“Sinto como se estivesse fazendo bodas de ouro com a instituição”

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“Sinto como se estivesse fazendo bodas de ouro com a instituição”

Funcionária com mais tempo de serviço no Hospital Bruno Born, Maria Deomira Bozetti, 69, completou neste mês 50 anos de trabalho prestados à instituição. Na foto, ostenta a homenagem recebida pela direção do HBB. • Que lembrança você tem do…

“Sinto como se estivesse fazendo bodas de ouro com a instituição”

Funcionária com mais tempo de serviço no Hospital Bruno Born, Maria Deomira Bozetti, 69, completou neste mês 50 anos de trabalho prestados à instituição. Na foto, ostenta a homenagem recebida pela direção do HBB.
• Que lembrança você tem do início da carreira no Hospital Bruno Born?
Quando eu tinha 15 anos, fui com uma irmã para Santa Maria, onde passamos três anos estudando para sermos freiras. Com 18 anos, vim para Lajeado e precisava de um emprego para me sustentar, afinal, meus pais moravam no interior. Outra irmã minha era freira no HBB e acabou conseguindo uma vaga no setor de limpeza para mim. Lembro que fiquei muito feliz por ter conseguido um emprego. Do setor de higiene, passei para os serviços de copa. Com 25 anos, me formei no curso Técnico em Enfermagem. Então, passei a trabalhar no bloco cirúrgico.
• Em algum momento pensou em sair do HBB e buscar outra oportunidade?
Trabalhei por bastante tempo no bloco cirúrgico. Não me adaptei muito bem a esse serviço. Além disso, eu sofria de crises de amigdalite em função do ar-condicionado das salas cirúrgicas. Cheguei a pensar em sair do hospital. Porém o Bruno Born me falou que eu não deveria sair e que logo passaria a trabalhar ao seu lado. Ele chegou a montar uma sala, mas logo foi para uma cirurgia de emergência. Depois da morte dele, passei a trabalhar na tesouraria por alguns anos e, posteriormente, passei para a área administrativa, onde sigo até hoje.
• O que é necessário para passar tanto tempo trabalhando no mesmo lugar?
Você tem que realmente amar o que faz e não pensar apenas no salário. Sinto como se estivesse fazendo bodas de ouro com a instituição, afinal, é como se fosse um casamento. Passei a maior parte da minha vida no HBB e a instituição tornou-se minha casa. Tenho uma relação de amor com o hospital e o defendo com unhas e dentes. Cresci como profissional tanto quanto vi o hospital crescer e inovar no decorrer dos anos. Tenho orgulho de trabalhar nesta instituição.
• Depois dessa “bodas de ouro” com o HBB, o que você almeja para o futuro?
Seguirei trabalhando por mais um tempo, afinal, não dá para parar de vez. Depois vou descansar e aproveitar a vida. Adoro viajar. Pretendo passar uma temporada com um dos meus filhos que mora na China.

Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br

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