EGR parada na pista

Editorial

EGR parada na pista

O modelo de pedágio da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) perdeu a razão de existir. Sem garantir obras de melhoria na infraestrutura, com serviços insuficientes de manutenção, tornou-se um peso e um ônus para o governo estadual. A concessionária criada…

O modelo de pedágio da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) perdeu a razão de existir. Sem garantir obras de melhoria na infraestrutura, com serviços insuficientes de manutenção, tornou-se um peso e um ônus para o governo estadual. A concessionária criada pelo governo Tarso Genro cai no ostracismo. Instituída com o pretexto de aproximar atores locais dos responsáveis técnicos, a autarquia sofre um processo de desmonte.
Os conselhos comunitários perderam força. Aos poucos, a EGR se afastou dos debates com os grupos regionais. A cada movimento do Piratini, há uma aproximação para o retorno do modelo de pedágios privados. Desde o início do mandato de José Ivo Sartori, a EGR foi tratada como um peso morto. Nos depoimentos de integrantes do palácio, o órgão foi citado como desnecessário, pois o trabalho feito se equipara ao do Daer.
O atual chefe do Executivo inclusive propõe a retomada do modelo de pedágios privados, com concessão das rodovias pelos próximos 30 anos. São pelo menos dez praças. Algumas dentro da área de concessão da EGR. Pela alegação do Piratini, fazer essa transferência garantiria melhorias graduais na infraestrutura, com duplicações e terceiras faixas.
As mesmas alegações feitas durante a implantação da EGR. O fato é que, de novo, não há um planejamento estratégico de Estado. O que há são planos de governos, feitos para se esgotar no prazo dos quatro anos de cada gestão.
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Sem dúvida, houve equívocos por parte do ex-governador Tarso Genro em acelerar a atuação da EGR. O início dos trabalhos da autarquia foi repleto de problemas. Faltavam condições para acompanhar as melhorias necessárias nas rodovias.
Por outro lado, o sistema de pedágio comunitário estabelecia uma relação promissora nas diferentes regiões do RS. Tinha-se uma perspectiva de, a partir dos conselhos regionais, ter uma análise ampla e presente das demandas, com indicação de obras prioritárias. Um ledo engano.
Depois de toda a organização dos atores locais, de diferentes segmentos da sociedade regional, o conselho foi deixado de lado pela direção da EGR. Como resultado, crescem os movimentos contrários à estatal. Em Encantado e em Lajeado, grupos pressionam os dirigentes em busca de mais investimento e atuação.

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