Já é tradição que a chegada do Natal mobiliza as comunidades para reunir famílias e amigos pelas ruas do município. Hoje à noite, a partir das 20h30min, são esperadas cerca de 500 pessoas para a 11a Caminhada Natalina que inicia em frente ao Hospital São José.
Vestidos de branco e com velas nas mãos, os participantes seguem em procissão. O trajeto passa pela Casa Canônica, Casa do Museu, Rua de Eventos e pela Praça Flores da Cunha, até a Igreja Matriz.
De acordo com a coordenadora do Departamento de Cultura, Carla Jaqueline Schroeder, serão seis paradas durante a caminhada e, em cada uma, a Orquestra Municipal de Arroio do Meio se apresenta.
Além disso, será lida uma narrativa do nascimento de Jesus escrita por São José. Com a bênção inicial dada no hospital, os pacientes internados podem participar, e a primeira parte da história é contada ali. Em seguida, em cada parada, é lida outra parte, até a chegada na Igreja Matriz, onde ocorre uma celebração ecumênica com outras igrejas.
Depois do fim da procissão, José e Maria caminham até a igreja para encenar o nascimento de Jesus, e o grupo instrumental acompanha com melodias natalinas.
“É muito bonito, porque durante todo o trajeto as pessoas cantam as músicas de Natal, e se preparam para essa data”, lembra Carla.
Também ocorre a apresentação de teatro da escola Bela Vista e do grupo de Reis Magos da Barra do Forqueta. Em caso de chuva, todas as atividades serão dentro da igreja.
“A ideia é reforçar o espírito natalino, em um momento de reflexão para a chegada do Natal. Além de espalhar a cultura de paz e harmonia”, diz Carla.
Tradição no fim do ano
Faz mais de dez anos que Alice Terezinha Forneck, 74, se veste de branco para participar da Caminhada Natalina. Ela é presidente do Núcleo de Cultura de Arroio do Meio, que recebe auxílio do Departamento de Cultura.
“Temos vários grupos que procuram retribuir o apoio da prefeitura, promovendo ações culturais pelo município, como a Caminhada Natalina”, salienta. Além dos corais, também participam do núcleo, grupos de teatro, de artesanato e de danças.
Alice também participa do coral Concórdia de São Caetano e foi assim que começou a participar das procissões.“É sempre uma data muito marcante. É um momento onde podemos mostrar algo que fazemos o ano inteiro no município. Onde muitas religiões se misturam em um mesmo lugar”, lembra.
Além disso, diz que esta época de fim de ano tem uma energia diferente, embalada pelos cânticos natalinos que ela gosta muito.
Bibiana Faleiro: bibiana@jornalahora.inf.br
