Enquanto alunos das primeiras séries praticam Educação Física no pátio da Escola Municipal Capitão Felipe Dieter, dividem os arremessos da bola com a poeira levantada por caminhões e ônibus que transitam em frente ao educandário.
Sem calçamento na rua Wilibaldo Eckardt, a escola convive faz 57 anos com a cortina de poeira levantada a cada veículo que passa.
Mães de alunos, moradores e funcionários da escola clamam pela pavimentação da via.
O zelador da escola, Miguel da Silva, 63, testemunha todas as manhãs as nuvens de poeira que invadem o colégio. “Suja tudo. A gente tem que tá sempre limpando. Na chuva, piora muito. Deveria asfaltar ou calçar a rua. Isso é um perigo também para a saúde das crianças, em especial”, diz.

Com parada de ônibus coberta pela poeira, passageiros precisam esperar a lotação em pé
Parada de ônibus
Quando Camila Nunes, 23, espera a lotação na parada de ônibus da rua Wilibaldo Eckardt, a poeira é tanta que é impossível sentar-se. Além da sujeira no banco, o abrigo é coberto de barro. “A gente já cansou de reclamar. É uma vergonha isso aqui”, reclama.
Segundo ela, recentemente, quase sofreu um acidente em frente à escola. “Um caminhão veio rápido em direção ao carro onde a gente estava. Ele até nos viu, mas não deu bola. Tivemos que desviar o carro para uma valeta”, conta
Indignada. Roupas, saúde e merenda
Com a poeira levantada pelos veículos, a escola precisa dar um cuidado diferenciado para os alimentos dos alunos. “Tudo acaba sendo influenciado por causa dessa poeira. Deveria ser requisito uma escola ter uma pavimentação em frente dela”, diz a diretora Geanini Auler, 43.
Mãe de um aluno da 5ª série, Letícia Lima, 37, alerta para o cuidado com as roupas do filho em função da poeira. “É muito ruim. Se tivesse asfalto, isso melhoraria bastante.”
Projeto
O secretário de Obras do município, Fabiano Bergmann, afirma que a rua Wilibado Eckardt, em breve, será uma das 14 contempladas pelo projeto Avançar Cidades, do governo federal. “Estamos ansiosos para o repasse desta verba de R$ 22 milhões”, diz Bergmann.
O projeto também prevê pavimentação no bairro São Bento, Picada Scherer e a duplicação do viaduto da rodoviária.
Cristiano Duarte: cristiano@jornalahora.inf.br