À medida em que a gestão do governo José Ivo Sartori se aproxima do fim e a de Eduardo Leite se aproxima do começo, aquele discurso otimista e entusiasta, de salvação da lavoura, propagado por ambos durante a campanha eleitoral, se esvai pari passu.
Dezembro termina com a bola ao centro, com um saldo negativo bilionário nas contas do Estado. De Brasília, a informação de que a União só aceita o pedido de Recuperação Fiscal se o Estado colocar no pacote o Banrisul, um dos poucos ativos que tem superávit. Da Assembleia, ergue-se movimento para não autorizar a prorrogação das alíquotas básicas de ICMS em 18%, cujo prazo encerra em 30 de dezembro. Na saúde, municípios decretam situação de emergência e hospitais reduzem atendimentos em razão do atraso no repasse por parte do governo estadual. O funcionalismo, igualmente, continua recebendo salários parcelados, sem perspectiva de mudança para um futuro próximo.
Ou seja, um enorme abacaxi espera o governador eleito Eduardo Leite, que já prepara a fatiota para a cerimônia de posse. As notícias que ecoam de Brasília, de dentro da Assembleia e dos municípios indicam tempos difíceis para o próximo governador.
De camarote
As idas e vindas da Maria Fumaça pelos trilhos da região atraíram a atenção do público. Para muitos, valeu um par de “pernadas” ou a escalada de morros para ter a melhor vista do trem. No próximo dia 12 tem mais.
Vá lenha. Vendedores de lenha devem ter ficado atentos à Maria Fumaça. Movida a vapor, precisa bons metros cúbicos para conduzir as locomotivas.
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Por falar em trem
Em Estrela, não chega vagão ao porto local desde dezembro do ano passado, sequer para trazer grãos aos silos da Conab. A Maria Fumaça tinha como destino final, nesse sábado, Estrela, mas a chuva e os problemas nos trilhos impediram o percurso.
MDB
Na semana passada, a coluna trouxe o interesse à articulação do prefeito de Santa Clara do Sul, Paulo Kohlrausch (MDB), para concorrer a deputado estadual daqui a quatro anos. No mesmo dia, Sidnei Eckert, ex-prefeito de Arroio do Meio, escreveu: “Com os 17.353 votos, sou candidato natural do MDB em 2022 a deputado estadual e para isso estou continuando a minha caminhando pelos municípios.”
Alívio indiano
Os riscos de apagão no Vale do Taquari são permanentes. Faz anos, somos reféns de uma única linha de transmissão de energia elétrica que, caso pifar, nos deixará às escuras. Fazia tempo que a região articulava e cobrava a liberação e construção de mais uma linha de transmissão, especialmente de Garibaldi a Estrela.
Até que enfim a obra sairá do papel. Em Costão, no interior de Estrela, será construída o que chamam de subestação Lajeado 3, a qual deverá aumentar em 2/3 a capacidade elétrica no Vale. A companhia indiana Sterlite Power Grid Ventures Limited venceu a licitação realizada pela Annel e construirá o empreendimento por R$ 400 milhões. A previsão é de concluir em 2019.
Cumpriu a metade
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, prometeu reduzir para 15 o número dos atuais 29 ministérios. Às vésperas de assumir o comando da nação, fecha a conta em 22. Ou seja, cumpriu metade do que prometeu. Em vez de diminuir 14, cortou sete.
E no fim, pra quê?
O ex-deputado Paulo Maluf colocou à venda seu estoque de vinhos, avaliado em 3,8 milhões de dólares. Maluf, como sabemos, está em prisão domiciliar e hoje será internado para ser operado de um câncer.
