O que vem depois?

Editorial

O que vem depois?

A passagem do trem Maria Fumaça pela região mexeu com o imaginário da população. Levou centenas de pessoas às estações da Ferrovia do Trigo. Famílias inteiras queriam ver a locomotiva passar. Muitos se perguntavam: quando a população poderá desfrutar desse…

A passagem do trem Maria Fumaça pela região mexeu com o imaginário da população. Levou centenas de pessoas às estações da Ferrovia do Trigo. Famílias inteiras queriam ver a locomotiva passar. Muitos se perguntavam: quando a população poderá desfrutar desse atrativo?
Nas três viagens agendadas para o Vale do Taquari, os passeios foram para convidados e autoridades. Nesse sábado, ocorreu o segundo percurso, de Guaporé a Estrela. A locomotiva de 1920 foi uma promoção de Natal da Rumo (concessionária da estrada de ferro) e também para comemorar os 40 anos da construção da ferrovia.
A organização teve participação da Amturvales e os passeios percorreram as cidades que integram o projeto do trem turístico, desenvolvido faz mais de dois anos pela associação. O sonho de destravar essa atração e oferecer à comunidade regional e aos demais visitantes tem como pano de fundo o fortalecimento do turismo regional.
A Maria Fumaça passando pelo Vale gerou uma forte expectativa. Mas, de certo, foi um teste para ver a aceitação dos passeios. Também para conferir o atendimento das normas e exigências para o transporte de passageiros.
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Na melhor das hipóteses, quem sabe em 2020 o Vale do Taquari tenha esse diferencial. Seria a cereja do bolo para uma região de belezas naturais exuberantes. Tornar isso conhecido é um grande desafio. Para cumprir com esse desejo, é necessário o trabalho e a dedicação de diversos setores da sociedade. Começa pela vontade política, passa pelo interesse do empreendedor e da própria organização de entidades como a Amturvales.
Esses movimentos devem ser orgânicos, para que na sequência se tenha mais argumento para ofertar esses passeios. Cabe ressaltar também que não adianta ter o interesse regional se não houver condições técnicas para tanto. Os trilhos da malha sul são antigos. Inclusive com problemas estruturais. Tanto que nenhum trem chega a Estrela faz quase dois anos.
Por mais que a expectativa por contar com o transporte de pessoas pelos trilhos seja alta, superar os entraves burocráticos e de infraestrutura demanda muito trabalho. De toda a dificuldade, há uma certeza: a população compra a ideia. As pessoas querem ter um passeio de trem no Vale do Taquari.

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