Uso de plantas no combate à depressão

Saúde

Uso de plantas no combate à depressão

Até 2020, a depressão será a principal doença incapacitante do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Diante do crescimento de casos envolvendo a saúde mental, especialistas se debruçam sobre medidas que possam sarar a alma. Nesse campo, os tratamentos…

Uso de plantas no combate à depressão

Até 2020, a depressão será a principal doença incapacitante do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Diante do crescimento de casos envolvendo a saúde mental, especialistas se debruçam sobre medidas que possam sarar a alma. Nesse campo, os tratamentos fitoterápicos também ganham espaço.

Nesta segunda-feira, 3, o fitoterapeuta e psicanalista Daniel Tosi ministra curso sobre plantas medicinais no tratamento da depressão e ansiedade, na TAO Terapias Integradas, em Lajeado. A atividade tem o objetivo de orientar sobre o uso, mas não serão fornecidos diagnósticos.

Ele explica que o uso de plantas no trato da saúde faz parte de diversas culturas em todo o mundo, há muito tempo. Contudo, com o movimento de resgate do contato com a natureza, os medicamentos à base de plantas se evidenciam. Cita que na Alemanha a maior parte dos antidepressivos é de origem vegetal.

Daniel Tosi

Segundo Tosi, a farmacologia é dividida entre alopatia, que são os medicamentos convencionais; a homeopatia, que são pequenas doses de remédios de origem vegetal, mineral ou animal; e a fitoterapia, que se limita a remédios feitos a partir de plantas.

Contudo, assim como qualquer medicação, os fitoterápicos devem ser indicados por especialistas. “Somos contra o autodiagnóstico. Orientamos que o paciente converse com o seu profissional de saúde sobre o uso de fitoterápicos.”

Ele comenta que as plantas mais usadas no estado são exóticas, sendo que a maior parte da matéria-prima vem da região Norte. O mulungu, por exemplo, é empregado no tratamentos do transtorno bipolar, da ansiedade e da depressão. Também é muito usado para o que diz respeito a fixações na boca, como vontade de fumar e compulsão por comida.

Outro famoso na produção de fitoterápicos é o hipérico, mais conhecido como erva-de-São-João. Tosi comenta que a planta tem efeito antidepressivo eficaz em quadros leves e moderados da doença. “Mas as pessoas devem entender que, quando há um quadro depressivo, seja qual for, deve-se procurar um especialista.”

Deixe o celular fora do quarto

Segundo Tosi, há vários fatores que favorecem a depressão, mas o principal é o uso desenfreado da tecnologia. Muitas pessoas trocam a vida real por aquilo que está idealizado ou mediado por uma tela, e o resultado é uma saúde fragilizada.

Deixar o celular fora do quarto durante a noite, por exemplo, é uma atitude simples que surte efeito. O psicanalista relata que costuma recomendar a medida em seus atendimentos “Pacientes que relatam enxaqueca constante, principalmente à noite, têm melhorado simplesmente afastando o celular. Até a libido começa a melhorar.”

Ele explica que o campo magnético do telefone móvel favorece o câncer, e o ideal é manter distância de dois metros quando o mesmo estiver ligado. Além disso, a iluminação do eletrônico é ainda mais forte do que a maioria das luzes às quais o ser humano é exposto em um dia normal.

“Atualmente, a mente das pessoas não sabe o que é dia e o que é noite.”

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