Quarenta anos depois do primeiro trem passar sobre os trilhos do Viaduto 13, a Maria Fumaça que fez passeio de teste ontem, de Muçum a Guaporé, é um sinal de novos tempos para o turismo. É apenas um teste, que se repete amanhã e no dia 12. Mas pode virar realidade. E, se virar, colocará o Vale do Taquari num outro estágio para o turismo. Será a cereja do bolo para uma região com grande potencial turístico, que aos poucos desperta para investimentos e exploração.
TOCA RAUL. Da clássica canção de Raul Seixas, uma paródia cai bem para este dia que pode, igualmente, ficar à história.
Ói, óia o trem, vem surgindo de trás das montanhas entre o Rio Taquari
Ói, óia o trem, vem trazendo prefeitos, amigos, autoridades
Ói, já é vem, fumegando, apitando pela primeira vez na região
Ói, é o trem, faz um teste pra ver se emplaca o turismo de vez
Quem vai apostar, quem vai fazer?
Quem vai pagar, quem vai insistir?
Pois o trem enfim chegou, chegou para ficar
É o trem Maria Fumaça, pra decolar nosso turismo
Ói, olha o Vale, já não é o mesmo Vale que conhecemos,
Não é mais
Vê, ói que rio, é um rio que merece ser apreciado,
Cuidado por nós
Vê, é o que falta, é a cereja que falta pra nós e pra região
Ói, é o trem, o trem da esperança para o turismo
Ói, olhe só, vem pra testes, passeios e que fique pra sempre.
Não foi por causa da festa
Vereadores de Lajeado contataram a coluna para contrapor informação de que a apresentação da proposta do novo Plano Diretor não foi adiada devido à confraternização de fim de ano.
O presidente Eder Sphor argumenta que o regimento interno impede que, quando está em votação o orçamento do ano seguinte, nenhum outro projeto pode estar em discussão naquele dia. De fato, foi o que ocorreu na terça-feira.
Ainda assim, a apresentação do Plano estava marcada para depois das 18h30min, quando a sessão ordinária já estaria finalizada.
Sem pressa
Faz quase um ano que se fala em mandar o projeto do Plano Diretor ao Legislativo. Verdade que demorou. Mas obra deste tamanho, de tamanho impacto sobre a cidade, não pode ser concebida a “toque de caixa”. E nem poderá se exigir dos vereadores pressa para votar a matéria.
Poder público e entidades classistas, especialmente Seavat e Sinduscon, chegaram a um denominador comum. Resta saber como a câmara interpretará e receberá a proposta.
História preservada
Lajeado ganhou um monumento histórico ontem de manhã. A partir do livro Pioneiros de Conventos, escrito por Waldemar Richter e Heinz Schmidt, foi erguido memorial no condomínio Urban Center, no bairro Conventos.
Um longo trabalho de pesquisa resultou na publicação detalhada da origem, da chegada ao Brasil, da colonização da Fazenda de Conventos, das primeiras 68 famílias que vieram a Lajeado, a partir de 1860. Em tempos tão líquidos, de debates acalorados sobre a preservação da nossa história, eis um exemplo material de como valorizar e eternizar histórias e memórias.
Fica, Greicy
Circula pela região e pelas redes sociais abaixo-assinado pedindo a permanência de Greicy Weschenfelder na 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). O cargo é indicação política. Como o MDB, de Sartori, perdeu a eleição para o PSDB, de Leite, seria surpresa a manutenção da professora frente à CRE. Até porque não devem faltar candidatos tucanos ou dos partidos aliados de olho na cadeira.
Malas prontas para voltar
A troca de governo promove dança de cadeiras, como de costume de quatro em quatro anos. Fabrício Renner rumou para a capital gaúcha nos primeiros anos do governo de José Ivo Sartori. Atuou na Casa Civil e depois foi para a assessoria do deputado estadual Edson Brum. A partir da próxima segunda-feira, Renner volta às origens. Retoma o posto de chefe de gabinete do prefeito Paulo Kohlrausch, de Santa Clara do Sul, cujo mandato tem mais dois anos. Pelas pretensões de Kohlrausch, Renner terá papel fundamental para consolidar uma futura candidatura do prefeito a deputado estadual.
Investidor novo
Uma das maiores incorporadoras do Rio Grande do Sul avança sobre o mercado de Lajeado. A Melnick Even protocolou na prefeitura projeto de um condomínio no bairro Olarias, do outro lado do IFSul e do campo de futebol.
O grupo já comprou duas áreas de terra que totalizam pouco mais de seis hectares, onde erguerá um condomínio fechado de no máximo cem lotes.
O investimento, entre outras coisas, consolida o potencial do Vale do Taquari para empreendimentos imobiliários. Mais do que isso, reafirma que o setor retoma o vigor e desenha boas perspectivas para 2019.