Peter Kronhardt Willms, 25, foi morto nessa segunda-feira à noite, 26, no Presídio Estadual de Lajeado. O detento foi esfaqueado pelo colega de cela, Lucas Misael Soares Pinto, 29, em meio a uma briga. A vítima foi socorrida pelo Samu e conduzida ao Hospital Bruno Born, mas não resistiu ao ferimento.
Conforme o diretor da casa prisional, Deivid Horn, Willms havia recém chegado do Presídio de Encantado. Natural de Porto Alegre, respondia por crimes de homicídio, roubo e porte de arma na Região Metropolitana, além de ser suspeito de assassinato ocorrido em outubro, no bairro Nova Morada, em Encantado.
Para a primeira noite no presídio de Lajeado, o preso foi colocado na cela de triagem. O espaço já era ocupado por Pinto, que estava em greve de fome pedindo transferência para o presídio de Venâncio Aires. Por volta das 23h, gritos foram ouvidos pelos agentes penitenciários. Ao chegar ao local, encontraram Wilms gravemente ferido.
A arma usada por Pinto foi uma faca artesanal. O motivo da briga ainda é desconhecido. Conforme o diretor do presídio, é provável que os dois não se conheciam antes de dividir a cela. O caso é investigado pela Polícia Civil.
Pinto é natural de Ivoti e estava preso faz cerca de três anos, condenado por crime de feminicídio, cometido contra a esposa, em Westfália. Ele foi isolado dos demais presos, responderá processo administrativo disciplinar e responderá por uma nova condenação.
O homicídio coloca em alerta o sistema de segurança da penitenciária. Sobre a presença da faca artesanal dentro da cela, Horn afirma que, apesar das revistas permanentes, é difícil manter um controle absoluto da existência de armas brancas em posse dos detentos. “Dentro do presídio, qualquer objeto pode ser transformado em arma”, reconhece.
Esse foi o primeiro homicídio registrado na casa prisional desde 2014. Em julho deste ano, uma morte causada por tuberculose foi registrada na penitenciária.
Alexandre Miorim: alexandre@jornalahora.inf.br