Comportamento influencia o desempenho dos negócios

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Comportamento influencia o desempenho dos negócios

Atitudes de colaboradores e gestores podem ser o problema ou a solução para o avanço das empresas. Tema fundamental para as corporações, o comportamento foi assunto do 22º Workshop Negócios em Pauta. Realizado na sede do Sincovat, em Lajeado, o evento teve como convidados a psicóloga, coach e diretora estratégica da Núcleo Consultoria, Daniela Munhoz, o psicólogo da Unimed de Encantado, José Ezequiel da Rosa, e a diretora da Capital Verde Consultoria Empresarial, Raquel Winter Reali. Conforme os palestrantes, as atitudes positivas dependem do engajamento de gestores e colaboradores. Planejamento estratégico e comunicação adequada contribuem para um clima organizacional positivo.

Comportamento influencia o desempenho dos negócios
Vale do Taquari

O comportamento dos colaboradores e gestores pode ser o problema ou a solução para o avanço no desempenho das empresas. Tema fundamental para as corporações, a atitude diante das metas e tarefas cotidianas foi assunto do 22º Workshop Negócios em Pauta.

Realizado na sede do Sincovat, o evento teve como convidados a psicóloga, coach e diretora estratégica da Núcleo Consultoria, Daniela Munhoz, o psicólogo da Unimed de Encantado, José Ezequiel da Rosa, e a diretora da Capital Verde Consultoria Empresarial, Raquel Winter Reali.

Mediador do debate, Adair Weiss iniciou o painel questionando sobre o desafio de manter uma equipe orientada para os resultados e com pessoas felizes. Conforme Daniela, cumprir os objetivos de uma empresa exige equilíbrio emocional da equipe.

Daniela Munhoz

Segundo ela, comportamento é o resultado de um processo mais amplo, que envolve as emoções e os pensamentos de cada indivíduo. Lembra que o mundo e as empresas estão em constante mudança, e que as inseguranças do mercado influenciam nos comportamentos individuais.

“O comportamento organizacional resulta também da cultura, do clima, e de como é o dia a dia da empresa”, afirma. A psicóloga explica que, quando acontece uma determinada situação na vida, o indivíduo raramente analisa os dados e fatos, e sim faz uma interpretação daquilo partir de suas crenças pessoais.

“Às vezes nem nos damos conta de que, pensando, sentimos emoção”, aponta. Sentimentos como injustiça, raiva, valorização, felicidade, medo e ameaça determinam as reações do indivíduo perante cada situação.

Para Daniela, para compreender isso é preciso pensar na questão do comportamento emocional. “Tendemos a ter um viés negativista das coisas e isso nos cega para enxergar o que temos de bom, e quais os potenciais individuais e das equipes”, alega. Segundo ela, as empresas estão acostumadas a fazer reuniões para apontar erros e definir o que precisa melhorar, mas raramente para estimular questões positivas.

Para os convidados, gestores devem apostar na comunicação como forma de manter o engajamento dos colaboradores e evitar distúrbios comportamentais

Para os convidados, gestores devem apostar na comunicação como forma de manter o engajamento dos colaboradores e evitar distúrbios comportamentais

Comunicar  para engajar

Na opinião de Raquel, o grande desafio ao assumir um projeto é compreender todas as interfaces do comportamento humano. “Os psicólogos agregam muito nesta gestão, pois dão suporte para os profissionais compreenderem melhor como o comportamento acontece.”

Segundo ela, é impossível separar o clima organizacional de um processo de comunicação interna e da liderança que lidera esse processo. Ressalta a necessidade de deixar claro para a equipe quais os objetivos da empresa, não apenas as metas de faturamento e venda. “Podemos começar a equilibrar emocionalmente o time a partir de uma liderança que torna comum a todos os objetivos.”

Raquel Winter

Raquel defende um processo de comunicação sistêmica, com reuniões dinâmicas de feedbak e a participação de todos os envolvidos. Lembra que a motivação de uma equipe depende de motivos concretos, a começar por metas e objetivos comuns.

Cita estudo da Associação Internacional em Negócios de Comunicação, na qual o fator mais importante apontado para o engajamento emocional é perceber que o líder está também engajado no processo. “Nós, enquanto líderes, temos que nos reinventar.”

A psicóloga acredita que o desequilíbrio das organizações acaba comprometido devido à rotina acelerada e à ausência de planejamento estratégico. Outro fator, destaca, é a negatividade no discurso dos gestores em relação aos períodos de crise, o que acaba desmotivando a equipe.

“O que motiva uma equipe é qualidade de vida no trabalho e o fator que mais gera essa sensação é uma liderança inspiradora, motivadora e participativa”, complementa. Para José Ezequiel da Rosa, o engajamento corporativo precisa ser mútuo e construído entre o gerente e o colaborador.

“É necessário perceber como está esse colaborador, como está a vida dele dentro e fora da empresa para formar uma parceria”, assinala. Lembra que os desejos pessoais dos colaboradores precisam estar alinhados aos desejos das empresas. Para evitar uma imagem distorcida da realidade e promover a harmonia nas corporações, defende a realização de treinamentos e feedbacks constantes.

Conforme Daniela, isso é fundamental para que cada indivíduo possa perceber os seus limites e suas emoções. “O líder também precisa estar atento a essa inteligência emocional, que é poder me sintonizar, perceber os sinais dos outros e me colocar genuinamente no lugar dessa pessoa. Não existe engajamento sem conexão.”

Comportamentos  danosos

Adair Weiss questionou os participantes sobre a identificação das pessoas cujo comportamento afetam a equipe e prejudicam o desempenho das empresas.

Conforme Rosa, muitas vezes a “laranja podre” está tão mascarada dentro de um time que o gestor não consegue perceber. “Para ter essa percepção, é preciso se aproximar da equipe”, relata. Segundo ele, muitas vezes, a pessoa nem percebe que suas atitudes são prejudiciais.

Público questionou sobre as atitudes prejudiciais às empresas

Público questionou sobre as atitudes prejudiciais às empresas

De acordo com Raquel, a identificação do desempenho de um indivíduo ou da empresa como um todo depende de diretrizes e critérios de avaliação bem definidos.

“A maior parte das nossas empresa não tem definido o que espera de determinado cargo. É o básico da gestão de pessoas”, aponta. Lembra que a empresa não tem responsabilidade pela felicidade de seus colaboradores, mas também não pode ser a causa da infelicidade.

Raquel falou sobre dois comportamentos particularmente danosos para o cotidiano das corporações, o dos bajuladores e dos profissionais cuja autoconfiança se torna irresponsabilidade. “O puxa-saco é um chato para a equipe.”

Segundo ela, existem líderes que estimulam esse comportamento e se cercam de bajuladores, não permitindo que pessoas com opiniões divergentes se expressem. “É aquela pessoa que diz tudo que o líder quer ouvir e está sempre querendo agradar, e justamente por isso não contribui para a solução dos problemas.”

Já o profissional que superestima a própria capacidade prejudica no momento em que não consegue entregar o que foi prometido. “Geralmente é uma pessoa muito talentosa, mas que acaba tendo atitudes que comprometem o seu talento.”

Evento foi realizado no auditório do Sincovat, em Lajeado

Evento foi realizado no auditório do Sincovat, em Lajeado

Edição festiva

A edição de fim do ano do workshop Negócios em Pauta está marcada para o dia 19 de dezembro e terá formato festivo. Com o tema “Como Empreender com o Erro”, o painel abordará a cultura da inovação baseada na assimilação do erro como parte do processo para a obtenção do sucesso.

O evento será ao ar livre, no Parque Histórico de Lajeado. O painel ocorre das 19h às 21h. Após, haverá uma confraternização com comes e bebes, além de um palco aberto para apresentações musicais.

De acordo com Weiss, a escolha do parque ocorre decido à intenção de transformar o espaço em um local para eventos sistemáticos de inovação e empreendedorismo.

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