Cooperativa apresenta plano de governança

Teutônia

Cooperativa apresenta plano de governança

Mudança foi definida após divergências prejudicarem a imagem da Languiru

Cooperativa apresenta plano de governança
Teutônia

Em reunião-almoço ontem na sede da CIC-Teutônia, o presidente da Languiru, Dirceu Bayer, falou sobre as mudanças no sistema de governança da cooperativa. Segundo ele, a Languiru é a primeira cooperativa do setor produtivo a definir um modelo de governança.

“Já tínhamos mecanismos de controle, mas aprimoramos a questão por causa das divergências que nos atingiram nos últimos tempos e prejudicaram nossa imagem”, aponta. Bayer afirma que a cooperativa foi vítima de pessoas com interesses pessoais, políticos e até mesmo partidários, que resultaram na difamação da Languiru.

“Tudo isso é muito ruim para o sistema cooperativo, por isso, temos que nos precaver”, acredita. Lembra que as divergências resultaram na dissolução do Conselho Fiscal, decisão tomada durante assembleia realizada em janeiro deste ano.

Para Bayer, os então conselheiros extrapolaram as funções ao expor externamente divergências em relação à gestão da cooperativa em episódio ocorrido em meados de 2017. Na época, vereadores de Teutônia e Westfália foram instigados por membros do conselho a cobrar auditorias na cooperativa.

Conforme o presidente, a Languiru sempre realizou auditorias externas, e a intenção da cobrança foi ocasionar turbulências na gestão. A questão foi parar na Justiça, que deu causa para os atuais gestores da cooperativa.

Reforma estatutária

De acordo com Bayer, as alterações em curso incluem uma reforma dos estatutos da Languiru, que não são alterados desde 2002. Segundo ele, a mudança é necessária para que questões externas não venham a afetar a cooperativa novamente.

“Os problemas precisam ser resolvidos dentro da organização, e não fora dela”, sentencia. Os regimentos que estão sendo redigidos incluem a definição de regras para as políticas de desenvolvimento. Conforme o presidente, essas normas já existiam, mas não de forma sistematizada.

“Dessa forma, a Languiru será referência também em governança cooperativa”, reforça. Para ele, a profissionalização das gestões é fundamental para as empresas, sejam ela cooperativadas ou não, ainda mais diante de um momento de dificuldades na economia e na política nacional.

“É muito difícil fazer planejamento no momento atual, pois precisamos de estabilidade”, defende. O presidente lembra que a Languiru tem ferramentas e especialistas na área econômica que auxiliam na realização do planejamento para os próximos cinco anos.

Conforme Bayer, antes de ser aprovado, o planejamento é encaminhado os nossos conselhos e agentes financeiros, mas sofre alterações de acordo com os resultados obtidos e as circunstâncias do mercado.

Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br

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