Livro resgata a história do Colégio Gustavo Adolfo

Lajeado

Livro resgata a história do Colégio Gustavo Adolfo

Formada em Letras, Herta Hedi Essig Welzel lançou obra na noite de ontem, no São Cristóvão

Livro resgata a história do Colégio Gustavo Adolfo
Lajeado

A história do Colégio Sinodal Gustavo Adolfo ganha amplo registro graças ao empenho de Herta Hedi Essig Welzel, 72. Natural de Arroio do Meio, faz mais de 40 anos que ela mora no São Cristóvão, bairro cuja história se funde com a da instituição de ensino. A trajetória que começou em 1967 virou livro, lançado na noite de ontem.

Colégio Sinodal Gustavo Adolfo Faz a Diferença reúne fatos históricos e até mesmo algumas lendas. Segundo a autora, entre os cenários do século passado, a narrativa inclui trechos mais leves, como o porquê do nome São Cristóvão ou por que se realiza a Festa de São João. Ela diz que, por ter acompanhado a evolução da escola, sentiu-se inspirada a preservá-la. “É uma história de ação social que deu certo”, resume.

Herta esteve à frente da equipe diretiva de 2003 a 2008, além de já ter atuado como coordenadora educacional. Hoje é integrante convidada do Conselho Administrativo.

Relata que a escola começou por ação de um grupo de homens da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) que se preocupava com o bem da comunidade, e se destacou em um contexto em que as famílias começavam a migrar com impulso para o espaço urbano e a mulher ingressava no mercado de trabalho.

Atraídos por possibilidades de emprego em indústrias como Souza Cruz e Piraí (de cartonagens), os pais tinham a necessidade de um lugar para deixar os filhos. Em outubro de 1965, iniciaram-se as obras e em 1967 começaram a funcionar a Escola Assistencial Piraí e o Centro Social Gustavo Adolfo.

O nome é uma homenagem a Gustavo Adolfo, rei da Suécia, que fundou a Obra Gustavo Adolfo (OGA) para beneficiar crianças necessitadas em todo o mundo e de onde veio o dinheiro para efetuar a construção. “Foi algo inédito na época, pois não existiam creches no RS. Veio até o governador.”

As crianças ainda recebiam atendimento médico e odontológico gratuitamente, extensivo também a alunos de escolas próximas. No centro social, ainda eram sediados cursos para jovens agricultores, visando a formação de líderes rurais. Outro objetivo era o de prestar auxílio a alunos e pessoas carentes da comunidade, organizando-se assim o primeiro Clube de Mães de Lajeado.

Com o crescimento do bairro, as necessidades dos moradores mudaram. Por isso, foi preciso criar uma escola de Ensino Fundamental. Assim, iniciou-se com a 1a série e, de forma gradativa, foi-se ofertando todos os níveis até o final do Ensino Médio.

Gesiele Lordes: gesiele@jornalahora.inf.br

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