A finitude da vida, o deboche acerca dos temas que envolvem mulheres, a graça do nome de alguns familiares e a própria morte são alguns dos temas das crônicas escritas pela jornalista Laura Peixoto. O resultado desse olhar atraído pela banalidade do cotidiano é o livro Crescer é Morrer Devagarzinho. A obra é uma produção independente e será lançada na noite de hoje, no Sesc Lajeado.
Quem também participa da sessão de autógrafos é a artista Desirée Hirtenkauf. Além de ter ilustrado alguns textos do livro, Desirée é uma das autoras da exposição Via Dupla, que fica até o dia 30 no Sesc. “A crônica é muito íntima, e acho que o traço dela também é. Provoca reflexões, por isso casou bem”, comenta Laura.
A escritora conta que a seleção inclui histórias já publicadas e inéditas, quase sempre narradas pelo viés do humor. São recortes da vida real que ganham, em alguns casos, acréscimos ficcionais. Ela diz que o livro é um tanto feminista, mesmo que de forma irônica.
Um dos escritos, por exemplo, se refere a uma ata de encontros de um clube feminino. Ela conta que realmente já participou de um grupo de mulheres, e as situações eram boas demais para não virarem crônicas.
Memórias da infância, vivida em Lajeado, também ganharam registro. “Falo das casas que não existem mais. Das que eu morei, só sobrou o Edifício Lincoln. Fomos dos primeiros moradores de lá.”
“Todos os seus escritos têm o sabor de uma conversa íntima, sussurrada entre amigas; temos a impressão de ser uma confissão e, por isso, viramos o ouvido, prontos a escutar suas histórias”, diz um trecho do prefácio, escrito pela dra. Magali Endruweit, da UFRGS.
O exemplar tem 111 páginas e, em breve, deve estar disponível nas livrarias locais com o preço de R$ 30. No dia 30, a sessão de autógrafos ocorre na Livraria Bamboletras, em Porto Alegre, a partir das 18h30min. No dia 2 de dezembro, a dupla autografa durante o Arte na Escadaria (em Estrela), às 17. O horário é o mesmo da sessão do dia 9, dentro do Arte na Praça, no bairro Americano.
Esse é o terceiro livro de Laura, que também conquistou o 2º lugar no 14º Concurso Literário Mario Quintana com a crônica Boa de Memória. “Esse mês fui buscar o troféu”, conta. Na semana passada, ela soube que foi selecionada para participar de uma antologia feminina. “Literariamente, 2018 foi muito bom! Ano que entrei na Alivat também”, celebra.
Gesiele Lordes: gesiele@jornalahora.inf.br