O otimismo voltou. Esse é o sentimento dos expositores da Expovale 2018 e que ficou claro também na apresentação prévia dos resultados da feira, no fim da tarde desse domingo, no espaço Mundo Cooperativo. Pensada a partir do viés econômico, a organização do evento concentrou esforços nos negócios, na inovação, tecnologia e qualificação do empreendedorismo.
Com um dia a menos do que a edição de 2016, a feira deste ano não atingiu o público da anterior. Naquele ano, mais de 112 mil visitantes estiveram no Parque do Imigrante. No evento que terminou domingo, ficou em 87,5 mil. “Decidimos repensar a feira e garantir um ambiente propício para os negócios. Tivemos menos público, talvez pela falta de shows nacionais, mas ganhamos em qualidade”, ressalta o presidente da Expovale, Valmor Scapini.
Se de um lado houve redução, o objetivo de criar um ambiente favorável aos negócios foi alcançado. Há dois anos, os negócios (entre consolidados e prospecções) geraram R$ 33 milhões em nove dias. Hoje, segundo levantamento preliminar feito com os 300 expositores, esse valor superou R$ 57 milhões, um avanço de 73%.

Valmor Scapini, presidente da Expovale, ao lado do prefeito Marcelo Caumo e da presidente da Acil, Aline Eggers
Resultado positivo
Para o presidente do evento, Valmor Scapini, a Expovale marca um novo formato de evento. Com o olhar voltado aos empreendedores, acredita, se consolida o propósito de direcionar o evento para os negócios. “Nosso objetivo foi direcionado para dar visibilidade a todos os segmentos da região, ao conhecimento, a tecnologia e a inovação. Fizemos isso sem esquecer o lazer e a diversão. Recebemos críticas pela falta de shows nacionais, mas foi uma decisão para não colocar o evento em risco.”
Segundo ele, o público que compareceu entendeu o formato do evento e foram ao parque com interesse em fechar negócios. “Percebemos isso nas visitas aos pavilhões. Os expositores estavam felizes, leves. Se criou um ambiente muito favorável e com resultados financeiros muito positivos.”
No encerramento da feira, Scapini enalteceu a dedicação dos envolvidos na organização. Agradeceu os patrocinadores e os expositores. Também elogiou o governo municipal pelo preparo do Parque do Imigrante e pela construção do novo pórtico. Fez referência à atuação dos voluntários e das corporações, como BM, PC e Bombeiros. Também destacou o trabalho do Departamento de Trânsito, na organização do acesso ao parque.
Marcas da feira
Na despedida da feira, o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, ressaltou os avanços e parcerias firmados durante os oito dias de evento. Segundo ele, a assinatura do termo de cooperação entre Dália Alimentos e Languiru (confirmado no primeiro sábado da exposição) será lembrada no futuro. “Quando olharmos para trás, vamos falar dessa Expovale.”
Caumo também abordou a confirmação do Centro Integrado de Operações. No dia 13, em assembleia da Amvat, foi oficializada parceria entre instituições para investir no cercamento digital da região. “Se trata de um avanço para garantir mais segurança à região”, sustenta o prefeito.
“A feira foi um sucesso”
Para a presidente da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Aline Eggers, os indicativos de negócios e prospecções dão base para afirmar: “a feira foi um sucesso.” Segundo ela, o propósito da Acil é defender os interesses dos empresários e também o desenvolvimento regional. “As empresas são as propulsoras da região. São responsáveis pelo emprego, pela renda e pelo avanço do Vale do Taquari e a feira mostrou essa força.”

Para Irno Pretto, abertura do espaço para cooperativas é um marco da Expovale 2018
Cooperativismo veio para ficar
Integrante do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Irno Pretto, enalteceu o perfil cooperativo do Vale do Taquari. Conforme dados da organização, 84% da população local está associada a alguma cooperativa.
Pela primeira vez foi destinado um local às cooperativas. Em 13 estandes, o público pode conhecer detalhes acerca dos diferentes campos de atuação deste tipo de organização. No espaço Mundo Cooperativo, diz, pode-se confirmar a representatividade do sistema na sociedade regional. “Viemos para ficar. Nossas cooperativas estão presentes na comunidade regional e precisam estar na Expovale.”
Para Pretto, nessa edição a feira se abriu para o Vale. “Deixou de ser um evento de Lajeado para ser uma amostra do potencial de toda a nossa região. Isso não se pode perder. A Expovale precisa ser uma ferramenta de integração regional. Assim todos vão crescer”, aposta.

Futuro presidente da Expovale, Miguel Arenhart, reforça que acertos desta edição devem continuar em 2020
Expovale 2020
Na quarta-feira, a diretoria da Acil e a comissão organizadora se reúne para uma avaliação sobre o evento deste ano. Entre os pontos positivos e negativos, diz o futuro presidente da Expovale 2020, Miguel Arenhart, se começa a pensar a próxima edição. “Temos muito mais a comemorar. Estou muito tranquilo para assumir essa incumbência. Sei da responsabilidade, mas temos uma grande equipe.”
Para ele, o que foi feito neste ano serve de roteiro para o que deve ser a próxima Expovale. “Estou triste pelo término do evento e ansiosa pelo que tem por vir”, diz a presidente da Acil, Aline Eggers.
Feira em números
Visitantes: 87,5 mil pessoas;
Negócios (prospecções e vendas): R$ 57,1 milhões;
Expositores: 300;
Mundo Cooperativo (visitantes): 20 mil pessoas;
Limpeza: 40 pessoas;
Segurança interna: 60 pessoas;
Recepção: 65 pessoas (entre Lions e MR);
Organização: 20 voluntários e dez da equipe Acil;
Separação de lixo: 20 pessoas
Comunicação: 23 profissionais (entre vídeo, foto, redes sociais, assessoria de imprensa e publicidade);
Parque de diversões: 35 trabalhadores e 25 mil ingressos vendidos;
Lixo seco: 4,2 toneladas de papel, papelão, pet e plástico. Além de 500 quilos de vidro e 400 quilos de alumínio;
Consumo de chope: 6,5 mil litros;
Consumo de cerveja: 400 fardos
Consumo de refri: 12 mil latas;
Consumo de água mineral: 14,4 mil garrafas;
Filipe Faleiro: filipe@jornalahora.inf.br